Sou a favor de manifestações. Mas vou repetir o bordão: absolutamente pacíficas. Não gosto de violência porque sempre achei ineficiente, social e politicamente falando. Leia o que postei em teoria que vocês vão saber porque.
Parto do princípio de que os católicos e outras religiões têm direito de fazer suas festas livremente. Acho o Cristo interessante, se é que de fato existiu, especulam sobre isso e não sou eu que não estudo o assunto que vou afirmar ou não que é apenas um personagem, e isso não importa. O que importa é que ele tem mensagens muito interessantes, de paz, de democracia, de uma avanço muito grande na maneira de pensar na sua época que o faz, talvez, mostrar que é o próprio Deus em vida. Mas as instituições que dizem lhe representar exercem poderes ditatoriais e têm uma história suja: com traições, corrupção, cinismo, falsidade no que dizem e praticam, enfim, um esgoto.
Acho que o método melhor de enfrentamento é não ligar para uma instituição que pouca influência tem hoje, devido à sua história, e que não pode mudar o mundo. São poucos, alguns iludidos e outros vivendo dela, que formam o público que a televisão mostra. Enfim, um morto-vivo se arrastando, carregando seus erros, cego e surdo, sem nenhuma relevância no pensar contemporâneo. O resto, como dizem os gays, é "fechação". Uma multidão de gente passeando e dizendo coisas nas televisões, autoridades obrigadas a fazer seu papel. Enfim, circo e mais circo. Não merecem uma manifestação contrária. É dar sentido ao que não tem sentido. Dizem que o atual papa Bergoglio apoiava a ditadura militar argentina. Não sei ao certo, li rapidamente a respeito e não me interessa saber, devido à falta de importância. Agora, para saber quem eles são cabe não deixar de ver, e já recomendei aqui, o filme Ágora, que aqui no Brasil chamou-se Alexandria, que mostra, com dados históricos, toda a face intolerante do catolicismo, em particular, e do cristianismo como um todo. E estou esperando com ansiedade: A Voz Adormecida. Não deixem de ver e divulguem. O cinema, assim como toda forma de manifestação, muda também o mundo. E, a Igreja não pode mais nos condenar à fogueira. Eu rezo todo dia para que Cristo os perdoe. Sugiro à nossa presidenta, que veja, se ainda não viu o primeiro, veja o segundo com amigos chegados ou sozinha no cinema do Palácio. Desculpe a irreverência e a ousadia. Mas bons filmes eu recomendo a todos, principalmente às pessoas de quem eu gosto ou que eu, assim ou assado, admiro. Não precisa, Senhora Presidenta, comentar em público os filmes, eles são segredos nossos... Tudo que estou escrevendo é com todo o respeito, porque posso discordar de algumas coisas, aqui e alí, mas respeito totalmente a Presidente eleita democraticamente do meu país. O que escrevi é com absoluta sinceridade. Essa suposta intimidade sem protocolo é a que tenho com as pessoas que gosto. Não é pelo cargo, como muitos o fazem, mas pela pessoa, pelo heroísmo, pela coragem que admiro que me permito falar de coisas assim triviais como filmes que são também tão pessoais, quer dizer, que amigos comentam. Com isso não quero nem dizer que sou amigo da Presidenta. Apenas, talvez, um dos mais rebeldes de seus fãs
Ricardo Lipper
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