segunda-feira, 18 de junho de 2012

Intimidades

Como é normal ,haverá os que vaõ odiar a coluna ,e os que vão apreciar.(lya Luft) .Fora os   indi.riferentes,para quem tanto faz:alienar-se por um tempo ao menos pode ser bom.Não ligar TV de manhã,não abrir o jornal,não deixar que nada envenene a alma desde cedo.Por outro lado ,há a que saber:a alienação pode ser perigosa.
    Pois quero falar da nossa intimidade,que vai ficand rara e complicada num momento que nossa cultura aoela para a dramática inversão do público e do privado.Queremos (ou achamos que é preciso) saber tudo ,revelar tudo, abrir a roupa, tirar a roupa escancarar a casa, o quarto,filmar a cama ,relatar o dia a dia minuto a minuto,para um ou milhares de descohecidos ou amigos virtuais.E sobretudo flagrar  o outro:a toda hora somos flagrados alquem ,ainda que simplesmente andando na calçada com o filho pequeno. O que importa numa pessoa ,a dita celebridade ou (que alívio) um anônimo cidadão comum, não é ser uma pessoa decente.,interessante, produtiva ,engajada em coisas boas ,conciliadora na hora certa e indignada idem,mas que esteja com tudo à mostra .Se não tiver uma pontinha de escândalo ,não interessa, Discrição não eetá com nada,recato é coisa fora de moda, os tímidos precisam ser fottes e resistentes na sua timidez  abençoada. Estamos ávidos de exposição ,nossa e alheia. Por exemplo, vai parecendo obrigatório gritar aos quatro ventos se somos gays ou não. Receio que em algum tempo os não gays serão objetos do mesmo horrendo preconceito que hoje perseque os próprios. A orientação sexual de cada um ,seja qual for ,deveria ser encarada com naturalidade(esse é o bjetivo de todos os justos movimentos e manifestações pelo mundo),como a cor da pele ,o formato dos olhos, o peso ,o jrito.Um dia será assim talvez.Mas ,derruar um preconceito é longo e duro trabalho. Quanto mais gritamos contra ele ,mais ele aparace e se fortalece.É preciso passar um tempo, acalma-se a onda, equilibrarem-se as coisas, e as emoções, para que a gentepossa encarar o outro com mais respeito, e que isso seja o habitual,Sem que se tenha de expor intimidades,fazer barulho, causar impacto, agarra-se em público como na cama ,onde vale o amor, não o escândalo(isso se refere a todos, em tudo:algunha elegância , algum comedimento, torna a vida mais palatável)
     E isso não só em questões sexuais. Amamentar em público, sempre se fez quando necessário.A mantar è belo ,saudável mas com discrição. Amor, sexo, afeto maternal, alegria, felicidade, até dor , torna-se naturais se tratados como algo natural.
      Amantes , manifestantes, qualquer pessoa que busca ser respeitada,ou na luta  mais louvável contra qualquer maligno preconceito, podem protestar sem uma feroz agressividade que traz mais hostilidade,quando o que a gente quer é o direito de ser quem se é.,como se nasceu ,como se gosta ou como se pode ser.Com dignidade ,com altivez, conpostura.
    talvez este seja ainda o momento do grito, do peito de fora, da carícia ardente em publíco,do possível escândalo. Com o tempo imagino e espero, a gente vai mudar ,as coisas vão se estabelecer ,alguns preconceitos vão cair(outros surgirão, com certeza ,porque nós somos assim.)É possivel que sempre haja gritaria e humilhação de um lado,crueldade e mesquinharia  do outro,seja em que aspcto for Que nesse caminho se preserve ,em tudo em o que envolva intimidade, isso que todos desejamos tanto:respeito,a começar por nós e a nossa circunstância.

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