No dia do maior adeus ,osol estava alto,
era início do veraõ que a brisa quente
abençoava.Eu era amada e ouvia
o continuo murmúrio das ondas.
No dia do maior adeus ,pensei em mel,
em pérolas ,em facas, em deuses ,en ícaro
com suas asas ,em vertigem, em céu em pássaros.
No dia da despidida ,comi peixe com piraõ.
No dia do meu maior adeus ,continuei lembrando
que iria pela vida afora ,todos os dias dias e dias,
a adorar o Amor ,mesmo que sua passagem pro-
voque alegrias e desconhecimentos.
No dia da distância aumentada
Da estrada da incomunicabilidade.
Do descaso .
Do descutinuado .
As nuvens sequiram ,condensando
lembranças pluviais.
Caminhei pela montanha ,comprei jornal,
requei as samanbaias .
Como todos os dias :abri e fechei janelas.
No dia desse adeus ,pensei em entender em
calar ,em para sempre ;pensei naõ pensar.
Nesse dia vi estrelas radiantes e silenciosas.
No dia do maior adeus ,permaneci com os
olhos no cais ,o sanque escorrendo ,coagulando
e eu atê a medula fadada a ser eu.
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