quinta-feira, 25 de abril de 2013

O ALTER EGO DO HOMEM



  Um livro conta a história do pênis, o órgão com vontade própria e que já foi celebrado e demonizado através dos tempos.


    Para os meninos, ele é motivo de grande preocupação-será que, quando eu crescer, ele ficará  igual ao do meu  primo mais velho? Para os homens adultos, ele é uma epécie de alter ego que tem vida própria:  às vezes  funciona fora da hora, às vezes convocado para a ação ele recusa;.Ao longo da história, a ele já foram atribuídos perrogativas divinas e demoníacas, e por muito tempo seu funcionamento desafiou a ciência. Assim é o pênis, um dos símbolos mais poderosos que habitam o imaginário da humanidade O órgão sexual masculino acaba de ganhar um livro inteiro dedicado a ele O escritor Tom Hickman lançou God's  Doodle: The Llife  and Times of the Penis (Rabisco deDeus : a  Vida e a História do Pênis), ainda sem tradução para o português..  Fica-se sabendo que já entrando em anos,o primeiro msministro inglês Churchill preparava para fazer um discurso quando recebeu um bilhete de um assistente  avisando-o de que sus barquilha estava desabotoada.Churchill  escreveu  de volta: "Passáros mortos   não caem do ninho". Em outra passagem, Hicikman  revela que Disney,  tinha  o hábito de mergulhar os testículos no gelo para aumentar a duração do sexo com a mulher O livro diz que escritor Hemingway  começou  a ficar impotente aos 38 ansos e consumia   doses de testosterona sintética para tentar recuperar vigor sexual. E mais, o tamanho do pênis dele seria inversamente proporcional ao das espingardas que carregava nos safários  africanos- com uma das quais se matou.
     Quando se fala em pênis,  a questão do tamanho é uma das mais inquietantes para os homens. Segundo a tradição antiga de alguns povos da Ìndia e do Tibete,  ser bem dotado não é uma vantagem. pelo contrário: se o pênis alcançar os calcanhares quando se está agachado, seu dono terà uma vida de sofrimento. Já aquele cujo menbro não utrapassar o comprimento de seis dedos juntos será rico e um ótimo marido. Da mesma forma, na Grécia antiga,  ter o pênis pequeno era  considerado um privilégio.Aristóteles argumentava que, por ter uma distância menor a percorrer  no momento da ejaculação, o sêmen chegava mais qlouente à vagina, o que na opinião dele aumentaria o poder da fecundação. Os romanos pensavam de maneira oposta. Ter o orgão diminuto era motivo de chocota.  Os soldados ganhavam  promoçôes motivados pelo tamanho do seu pênis. Os generais romanos  entravam nas cidades conquistadas com grandes  esculturas fálicas em sua carruagem.Hoje, no Ocidente, prevalece a perspctiva  romana, na qual pênis grande é símbolo de poder.
       Do ponto de vista científiico ,o que é grande o que é pequeno? A melhor resposta até agora foi dado pelo Relatório Kinsey,   o mais completo estudo já feito , sobre sexualidade humana. Depois de avaliar o membro de 3.500  homens,  o cientista constatou que em média, quando ereto, o pênis humano tem 15,7 centímetros de  comprimento e 5,7 centímetros de circunferência.O maior pênis observado na pesquisa tinha quando ereto,26,6 de comprimento e o  menor, 2,5 centímetros.
       Entre os gregos antigos, a nudez masculina, incluindo a exposição dos genitais, era comum.A tradição se manteve no Império Romano até o triunfo do cristianismo. A partir do século IV,  por influência  da moral  da cristâ , o pênis retirou-se por assim dizer da vida pública. Santo Angostinho  o considerava uma " ferramenta do  diabo". Numa reação a liberdade da Renascença, a Igreja Católica  ordenou que os genitais  das obras de arte  fossem cobertos por folhas de parreira.. Na Inglaterra vitoriana, a exposição do pênis  ainda provocava  alta ansiedade. Em 1857, a rainha Vitória recebeu de presente uma réplica do Davi, de Michelangelo, e a doou  hoje Museu Victoria and  Albert. Informados do desconforto da raimha com a nudez da escultura, os  zelosos funcionários do museu logo providenciaram  uma folha de parreira esculpida em mármore.O episódio pode parecer coisa de um passado distante,mas uma versão da folhinha,agora de plástico, continua  a postos.Foi usada  em 1986, por ocasião    de uma visita da princesa Diana ao museu. O pênis de Davi continua a causar furor.


 veja 2 de janeiro, 2013


















e

































quarta-feira, 24 de abril de 2013

Vamos ser quem somos


  Tanto tenho lido sobre  diferenças e preconceeitos, o politicamente correto que começo a pensar se não deviámos nos livrar das exigências, receitas, códicos, ordens, enquadramentos religiosos e por vezes cruéis, desde a nossa cultura atual. Cultura que nos propaga liberdade, mas nos veste camisa de força umas sobre as outras  , lá vamos nós carregand  esse ônus, e achando  que somos livres-mas nem sabemos o que queremos.
        Não é fácil descobrir quem a gente é: primeiro, estamos sempre mudando. Na essência somos alguém, mas algumas camadas legítimas da nossa alma vão se transformando, para melhor ou para pior com o passar do tempo e as circunstâncias. E as escolhas nossas, claro. Conseguimos ser mais abertos ou nos fechamos mais; :ficamos mais lúcidos ou mais alienados; enfrentamos o mundo  de peito mais ou menos aberto ou nos anestesiamos com drogas, bebida, remédios; queremos verdadeiros afetos ou deliramos num sexo sem ternura nem parceria; enfim, escolhas ou destino, e alguma coisa mais.
        Porém dentro  do que de verdade somos, ainda que não sabemos muito bem, poderíamos ser fiéis a nós mesmos.Mas as pressões externas se tornam internas, o diabinho do espírito, sopra em nosso oiuvido, é isso aí, vai ser da turma, vai fazer isso ou aquilo, e ser assim ou assado e se vestir conforme a moda. Você não visitou  aquela cidade,não viu aquele filme, não frequenta academia,não transa tantas vezes, daqueles jeitos que,  hoje são os melhores, não tem aquele vibrador, ou vibrador nenhum, que coisa mais sem graça" ! Você só tem 20 amigos em uma rede social? Eu tenho mais de mil, nunca estou sozinho, tenho um milhão de amigos.
        E nos sentimos de fora , pobres,  sem jeito, esquisitos até para nós mesmosMas , por que motivos, se nos sentimos bem com essas limitações, con essa pobreza nas redes sociais, se não conhecemos Paris, não frequentamos academia,  ou aquela mais chique, não estamos dentro dos padrões,. estamos errados? Se eu sou de uma cor de pele ou de outra, mais agitadi ou mais sossegado, gordo ou magro, ativo ou reservado, por que teria  eu  de mudar quando surge algum esperto querendo dar ordens?, Tem gente que sente  à vontade  sendo mais fachado, mais tímido, poucos amigos,mas verdadeiros  ,e aí fica inquieto porque teria de ter cem., ou mil.
           Quero deixar claro  que nada tenho contra redes sociais e não critico quem tem mil amigos. O que me interessa é que  a gente tenha consciência de que não são os  duzentos ou mil a quem posso telefonar no meio da noite dizendo " estou mal" e virão correndo me ajudar. O que eu quero dizer é que é bom, bonito, natural, ser natural: com olhos azuis ou chineses,prefil árabe ou cabelo crespo. É bom, bonito ser tímido ou extrovertido (desde que educado nos dois casos), até mesmo fechado esquisito,contemplativo.
           Tudo é positivo se é natural, exceto grosseria, cinismo, hostilidade.  E a gente sempre pode melhorar, desde  que não seja apenas para   ser como os outros querem- e que não seja  "do mal".Aí é chato demais.
    
        
       
















Existe um monstro dentro e mim



     Existe um montro dentro de mim, e ele é inteligente e egoísta. Se fosse por ele, eu faria tão somente o que lhe dá prazer- passar o dia rindo de piada besta, comer  1 quilograma de carne vermelha bem gorda, talvez liguiça, melhor ainda se for linguiça frita com banha de porco. Huuummm! Se fosse por ele, eu  não estudaria matemática, nem mesmo para somar seis com sete. "Se você é capaz de aprender  imediatamente o número de elementos de um grupo de elementos", o monstro diz:,  "então acho que esse número vai salvar a sua vida, e se não salvar a vida, por que aa amolação?"
        Costumo dar a mim mesmo presentes bem simples quando conquito um pouquinho  mais de matamática-por exemplo, quando resolvo um exercício difícil. Quase sempre uma xícara de caf´r me basta. Outro dia, terminei o capítulo 2 de um livro e tomava minha xícara de café na cozinha quando um pensamento me surgiu:
      - E se eu morrer amanhã? terá valido a pena todo tempo que gastei com esse livro, com tantos exercícios?
       Fiquei ali, beberincando  meu café e avaliando minha situação: só fui descobrir que gosto de matemática aos  43 anos, e visto que nõo sou mais menino. e tenho de trabalhar, e  posso só  estudar nas horas de folga. De quanto tempo precisarei para apernder cálculo assim? E álgebra abstrata/ E teoria dos números? E estatística?  Mesmo que viva mais 40 anos, só terei tempo de estudar uma parcela i´nfima da matamática já descoberta.- o que dizer descobrir alguma coisa por mim mesmo. Só compeendi a tramoia quando havia um nó de ansiedade no meu estômago, era o diabo do monstro tentando me convencer  a ver TV ou  a tirar uma soneca,ou sei lá o que ele queria. Ele é inteligente, mas não é nenhum gânio. Pensei::a morte não tem nenhum significado, e sim o modo como gasto cada dia Estou gostando de apernder  matemática melhor? Sim, estou. Todo esforço me parece em vão? Não, não me parece. Então, meu chapa, aproveite o dia. Termini o caafé, dei ao monstro um bombom e comecei o capítulo 3.









terça-feira, 23 de abril de 2013

A VIDA DEPOIS DA MORTE



  Nos 50000 mil anos de história humana na terra, jamais surgiu prova que a morte não é o fim da linha, mas nunca deixamos de acreditar nessa possibilidade. A nuerologia, a psicologia e a genética estão empenhados em explicar por que essa crença é tão persistente.

    Quando o pastor batista Don Piper dirigia seu carro  sobre a ponte, a carreta pegou  seu carro em cheio.O volante esmagou seu peito, o teto desabou, o painel caiu-lhe sobres suas pernas. Havia ferro retorcido, estilhaços de vidros e sangue por todos os lados. Os paramédicos tomaram seu pulso,  mas não havia  mais o que fazer. Cerca de uma hora e meia depois, quando alguém rezava ao lado de seu corpo ainda entalado nas ferragens, Don Piper simplesmente voltou à vida.Ap´s 120 dias no hospital, 34 cirurgias e treze mezes  de cama em casa., ele contou sua experiência num best- seller que já vendeu mais de 4 milhões de exemplares. Nos noventa minuros , em que foi dado por morto Ele garante que estava no céu. que há um lugar para onde vamos,depois da morte. Que a morte não é o fim.
          Uma pesquisa mostra qie mais de 70 % dos americanos acreditam na vida pós - morte- vida  no paraíso ou no inferno, através da reencarnação ou como energia cósmica. No caso dos brasileiros o potencial de crédulos chega a 72%. A idéia  de que os mortos têm uma segunda vida perdeu aceitação generalizada, mas permeia o imaginário ocidental: ela está nas conversas piadas, filmes, livros.É inorme o sucesso de seriados  de vanpiro. O  Ocidente vive uma facinação com a vida depois da morte como não se via desde o auge  do esperitísmo.
    Dois fatores comtribuem para crescente   popularidade do assunto. O terrorismo islâmico é um deles. A principal moitvação dos extremistas muçulmanos para sacricar  a vida em explosões suicidas é a reconpensadas 72 viagens no paraíso Os atentados se 2001 mudaram a visão americana do mundo e da atualidade, e recolacaram a religião no centro da discussão política. Em resposta ao terror islâmico, o fundamentalismo cristão também reavidou, para seu próprio conforto, a consoladora idéia de que os mortos nasceram do além. O outro fator está  na proliferação de pesquisas,. A ciência nunca se interessou tanto na investigação da vida póe-morte como atualmente. As chamadas "experências de quase morte"  em que pessoas  clinicamente mortas revive,como o  que ocorreu com o  pastor são o alvo dos cientistas.. Antes , esses estudos estavam confinados aos departamentos de parapsicologa.  Agora estão nas àreas de neurologia, psicologia e gentica. O bioólogo Hamer, afirma que temos uma prdisposição genetica para a espiritualidade. Em  O Gene De Deus, "A  espiritualidade é uma das nossas heranças  mais básicas.É um instinto"'. Ela nos dotou de um otimismo inato, que nos conforta e nos estimula a procriar, ajudando a preservar a espécie. O neurologista Newbeg monitorou o cérebro de freiras e frades  enquanto rezavam e identificou o circuito neural que é atuvado pela imersão religiosa Ele sugere que a espiritualidade pode ter uma base biológica..
         O psicológo Hood acredita que chegamos ao mundo  com uma inclinação não para a espiritualidade, mas para o pensamento  sobrenatural.  " "Deus pode requerer a crença no  sobrenatural natural, mas as crenças  no sobrenatural, não requerem Deus". Temos um "supersentido", um instinto para acreditar em coisas desconhecidas, invisíveis, imensuráveis,como a existência de uma entidade divina, Poderes de cartomante, telepatia ,horóscopo. a vida após da morte.  Por isso as crianças têm tamanha facilidade  para acreditar em Super -Homem bruxas,... que não claramente violam as leis naturais.Dependendo  do ambiente em que  crescemos- se mais ou menos místico- ,o pensamento mágico vai sendo substituido por outras crenças ou pelo raciocínio cientificoEm Supersentido: por que Acreditamos no Inacreditável,Hood é  generoso   com os que têm fé,  mas chega a uma conclusão severa: "O pensamento sobrenatural no adulto,é o resídio dos erros conceituais da infância que não foram devidamente eliminados."
      Ainda há controvérsias  sobre se somos  progamados para a vida  espiritual ou não,mas a ciència chegou a um consenso.:o cerébro foi  desenhado  pela  forças  evolutivas  para extrair sentido do mundo que nos rodeia. Ele está permanetemente procuraando padrões, modelos, estruturas, tentando encontrar lógica e ordem em tudo que o cerca.O cerébro é progamado para ver o mundo como ele não é- ordenado e lógico. O universo é um caos, com escuriões ,corpos celestes explosões estelares.Tudo é aleatório e casual. Mas o cerébro,  precisa encontrar uma ordem, nessa terefa ,recorre a ciência  ou ao sobrenatural., e pode ser facilmente eganado iludido que temos de que temos três mãos. No início, ele entra em conflito==em seguida  absorve a informação e passa a sentir como a existência das três mãos fosse fisicamente real.O cerébro humano é uma máquina excepcional, potente e complexa, ao contrário do senso comum não é perfeita, muito menos moderna. Seu desenho é tão antigo que está em descompasso com o progresso tecnológico que atingimos. mas o cerébro não teve tempo- em termos evolucionários- para se adaptar à modernidade.Em , A Mente Nas cavernas, resumiu: "A   esseência  do ser humanoe é uma desconfortável dualidade entre a tecnologia "racinnal"   e a crença" irracional"Ainda somos uma espécie em  transição,Por isso somos capazes  a um ´so tempo, de ir à Lua e crer em fantasmas, ou para falar de universos paralelos em filmes fascinantes como   Senhor dos Anéis ou A Origem estrelado por Leornado DiCaprio.
       O radiologista Long escreveu (Evidências  daVida  Após a Morte) catalogando a historia de 1600 pessoas que passaram por uma" experiência de quase morte" que conhecem pela sigla de EQM. qOs estudos mostram  que os ressuscitados têm relatos semelhantes.Contam que flutuaram sobre seu próprio corpo, entraram num túnil, viram a  vida inteira passar diante dos olhos e encontraram parentes e amigos mortos.
      A neurologia já explicou boa parte do  fenômeno  das EQMs. O estímulo de uma região do cérebro alerta a percepção espacial, e com isso temos a sensação de abadonar o próprio corpo. O giro angular esquerdo é a região que ,estimulada por impulsos  elétricos, produz a visão dos vultos A falta de. oxigênio ,  comum nas parede cardíacas, afeta primeiro as  células da visão periférica, e a visão centarl passa a predominar- disso resulta a imagem do túnil. Como se sabe  desde a era  do psicodelismo dos anos 60 as drogas  produzem todo tipo de alucinação. Janser entrevistou usuários de drogas, e . recolheu depoimentos semelhantes aos relatos de quem viveu uma EQM.O cinema diante dos olhos resulta da  hiperatividade de algumas áreas do cérebro, que empenhadas em compensar a falta de oxigênio, acabam produzindo uma alucinação que  se parece com uma retrospectiva da vida.
    Revista Veja


































segunda-feira, 22 de abril de 2013

Mulher:respeito e dignidade

    


     Algumas datas festivas nõa me agradam pela mercantilização, pelos presentes excessicos, duversão sem emoção e abraço sem afeto haja propaganda ! Bem antes da páscoa, coelhos já bulavam na cidades e papais noéis apontavam suas belas  barbas meses antes do Natal. Mas terminada de caça a compradores do Dia das Mães,  comecerá a do Dia dos  Namorados. Sou contra? Sou muito a favor da troca de carinho, gentileza, pequenas lembranças, de curtir o dia  e as pessoas. Sou da banda da vida, dos afetos, da alegria.
      No Dia da Mulher celebra-se a dita liberdade? Nela eu não creio. O que aconteceu com as mulheres nestas décadas foi sairem do jugo do pai, irmões marido até filhos, e começaram a enxergar. sentir e agir como pessoas.  Podem estudar morar sozinhas casar com quem quiserem ou não casar,ter filho ou não, dirigir empresas de ônibus, pilotar aviões,fazer douturados, Brilhar nas finanças. enfim: somos gente.Há muito  que fazer, um longo caminho a percorrer. Altas executivas ainda são olhadas  com desconfiança e às vezes lidam com condições desfavoráveis,culpas atávicas, falta de estrutura da sociedade para aliar profissiião a vida.pessoal sobretudo a maternidade. Ainda há quem ganhe menos que o homem na mesmo função. Ainda há quem tenha de "caprichar dobrado". Mas as coisas vão se resolvendo na medida em que nos fazemos respeitar.
         Mas que direitos e liberdade, falar em dignidade e respeito.Lygia Telles , já disse que muitas vezes  aparecemos "feito pedaços de carne em gancho de açougue antigo".A despida cada vez mais é objeto de propaganda. Vender automóvel?  Mulher de biquíne. Vender comida? Mulher de biquíne. Vender qualquer produto? Mulher pelada.
     Se a propaganda  em geral nos usa desse jeito raramente favorável é de pensar em que medida nós contribuimos para isso, O sonho de muitas meninas é ser um dia a mulher-maçâ,  a mulher- melancia, a mulher - melão.ter aqules assustadores peitos falsos e imensos, aquele traseiro deformado. O ideal e algumas é estar no Big Brother com outros debaixo do edredom.Os homens não nos respeitam, dizemos.c É preciso fazer-se tratar como parceira, não como gueixa desejosas de cartões de créditos polpudos ou homéricas  cantadas muito menos com  acrobacias sexuais que pouco tem a ver com sexo verdadeiro. Andamos iludidas  com uma avassaladora  onda de mitos sobre  sexualidade, sensualidade, belaza, resultando por vezes em corpos e rostos deformados e almas aflitas.
        Somos bombardeados por mentiras sobre transas ´épicas e mil delírios, rapidinho aqui, depressa ali,vendo receitas bizarras sobre como segurar seu homem, a literatura dita pornô solft  impressionando milhões pelo mundo afora; por toda parte, muito mais ansiedade do que prazer.
      Aqui e ali, meninas precocemente sexualizadas,   maquiadas e requebrando inseguras em incongruentes sapatos de salto.. jogos de fundo sexual entre pré- adolescentes em festinhas sem a presença de adultos... adolescentes. praticamente coagidas a experimentar intimidades que mal entendem...Nisso  talvez valesse  a pena pensar, rever, quem sabe transformar, na data que nos é dedicada: e expor menos carne e cultivar mais sentimento, pensamentos, valores.  Mas talvez eu paraça um fantasma ancestral falando um idioma estranho.

      Lya Luft    





























sábado, 20 de abril de 2013

A mágica da educação


       Vale a pena refletir sobre o elo entre a educaçao e o que acontece com nossa vida profissional. Sabemos que, ao deixar a escola e encontrar  um emprego , o número de anos de estudo é o mais poderoso  determinante  do que vanos ganhar. Como regra geral, quanto mais se estuda, mais o salário inicial é elevado-  emborai varie de acordo com a oferta e a procura de competências. Se acreditarrmos que o contracheque  reflete a nossa contribuição para a produtividade da empresa, os anos de estudo são a maior fonte de progresso.É que Adam Smith dizia e que foi exaustivamente medido.
           De fato , quanto maior o estoque de educação com o qual iniciamos a vida profissional,  mais ganhamos um emprego. Ou seja, no dia que pleiteamos um emprego , o mercado valoriza o que aprendemos na escola.Há boas razões  para a escola ensinar bem aquilo que conta para um bom desempenho profissional.
       Mas os números contam mais histórias. Quem estudou pouco ou nada não só começa com um salário medíocre, mas permanece a vida toda atolado no mesmo nível. Já os que têm mais educação, no curso da sua vida profissional o salário pode duplicar, ou triplicar.
        As empresas  renumeram de acordo com a capacidade de produzir  de cada um.Se o salário segue crescendo, significa que  nos tornamos mais produtivos. É forçaso concluir que, de alguma forma continuamos aprendendo. Ficamos mais educados, apesar de não estarmos mais na escola.
         Em outras palavras os aumentos ao longo dos anos só podem ser explicados pela capacidade de aprender pela experiência vivida. Esse amadurecimento ao longo da vida influenciado prla nossa educação formal prévia  metamorfoseia -se em maior profundidade.
     Seja do ponto de vista individual ou da empresa, o apreéndizado mais valorizado economicamente é aquele que se dá durante a vida profissional, não antes..
         Tudo que puder ser feito para maximizar o aprendizado ao longo de nossa carreira se traduz em avanços e rendimentos.Conta a qualidade de educação que tivemos.Não são quantos fatos e fórmulas decoramos, mas a capacidade de ler, escrever,pensar, decifrar o mundo ao nosso redor, bem como identificar e encontrar soluções para os problemas que vão surgindo.
        Ajudará tudo que possa  incentivar e promover o aprendizado, até o máximo condizente com o potencial de cada um. Ajudam os cursos, mentores, estágios ou grupos de discussão. Mas nem tudo vem de fora..Também funciona o esforço próprio, autodidata, de maneira totalmente informal E mais ainda,  avançamos mercê de uma insaciàvel  curiosidade e de uma atitude de sempre fazer perguntas e procurar respostas.O que importa é a busca incansável de formas de alimentar a nossa sede de conhecimentos e de novas soluções.
       Nossa carreira depende do esforço para continuar a aprender. O tesouro da educação não está no diploma e no que ensinou a escola, mas sim no que ela nos permite crescer depois.

     Claudio  de Moura Castro
















       
  

Temos papa,temos pai


   " Francisco foi eleito para ser pai de um rebanho incontável e olha para o além disso, dirigindo uma bênção aos não crentes, coisa rara até onde sei"

        Pode parecer supérfluo escrever sobre assuntos que domina a imprensa com análises acuradas, frases entusiasmadas, comentários escrachados,enfim toda humana coisa.Porque nós somos assim. Eu não sou muito praticante, mas acho religião, religiosidade, alguma espiritualidade fundamentais, estou encantada com esse Francisco.
       Primeiro, pela modéstia e pobreza. "Ah, como eu quero uma Igreja pobre,, como eu quero uma igreja para os pobres! "Foi uma de suas exclamações, nesse tom de vovozinho-mas que ninguém se iluda, ali existe uma alma terna e férrea, como precisamos todos nós da figura de um pai, e ele é o pai. Recusou vestes douradas e luxuosa, achou que seu apartamento acomodaria 300 pessoas, assombra os responsáveis por sua segurança e os encarregados de mediavais formalidades, usa sapatos pretos simples, crucifixo de ferro no peito e se porta como uma pessoa: abraça pessoas,pedem que rezem por ele, dá boa -noite às multidões ou lhes  deseja bom almoço, e a legião de filhos se vê olhada como gente.
       Imagino a loucura que seja administrar a Cúria, o Vaticano, onde seriedade e delírio, luxo,pampa e austeridade devem andar misturados, há séculos.Mas sei o que uma pessoa deseja de um pai. Não adianta delegar a educação dos filhos à escola, à psicóloga, à pedagoga, aos amigos. A base de tudo, da personalidade, do futuro, esse chão sobre o qual andaremos pelo resto da vida (tropeçando mais se for emburacado, ou com mais chances de não quebrarmos  tanto a cara e a alma se for mais sólido),é a família a casa paterna, são pai e mãe.
         O grande pai é o chefe dessa  Igreja de incontáveis milhlões de filhos, crentes ou meio desgarrados,
é antes de tudo um exemplo. Com sua vida, suas convicções, seu jeito de ser: bondoso, simples sim, mas não se iludam::vai ser, já começa a ser, um reformador, um orientador, e para isso vai precisar estar alerta e presente, e firme , e sábio ,e humilde,todos os dias de seu papado- que desejo longo . Porque  estamos precisando de acreditar que o mundo não é, sobretudo, caça ao prazer, ao poder,e irresponsabilidade infantil, mas algo bem melhor que isso.
          Francisco, Francisco, com o gostoso som italiano, escolheu como inspiração aquele de Assis.  Foi eleito para ser pai de um rebenho incontável e olha para além disso, dirigindo uma benção aos não crentes, coisa rara até onde sei, uma benção legítima quase nunca usada. Ele vai deslumbrar o mundo, vai assustar, vai  castigar, vai fazer pisar em ovos, mudar de pouso ou de postura,adquirir compostura, ,indignar  -
aplaudir, ter esperança. Só não vai ser morno.E assim lhe desejo força, sucesso, paciência, paz, interior, iluminação.Ele bem que vai precisar.E nós precisamos dele

           Lya Luft











sexta-feira, 19 de abril de 2013

Na velocidade da vida


   O futuro é agora.O passado também.Tudo aqui é agora.A fama, aquela deusa grega com cara de louca, virou arroz de festa,  está em todos lugares durante alqum tempo. Pariu celebridade, que já lhe deu netos sem nomes, sem histórias.Só imagens. O tempo não se dá tempo nem de marcar sua própria velocidade. Assim, o Brasil perdeu o título de "Pais do futuro"que Zweig lhe deu.É um  " País do agora"  sem muitas novidades, senão a abertura de igrejas que se multiplicam, desobrigadas de recolher impostos,  o Ministério do Amor, a Mundial do Poder de Deus, a do Evanglho Quadrangular.Logo haverá o Ministério   das Igrejas. No Brasil, que inaugura igrejas prometendo todo tipo de milagres, a arte está no quadro obtusoo dos editais, das licitaçõess  e tem, lógico aa cada dia menos consumidores que as igrejas.
       Na busca do tempo perdido (?), o papa renunciou, e os partidos políticos, que receberam seis milhões de reais da nossa renda em uma década, iniciaram o "Rali pelo  Poder 2014". E querem, alguns partidos, financiamento público das campanhas eleitorais. Existe um dichote romano para que os políticos  desses partidos querem,mas eu não posso escrevê lo em espaços familiares. E o tempo passa, o tempo voa, e nada acontece.Celebridades exploram aqui, acolá, Psy, Telô, mas não há tempo para visualizar todos.Nem quardar. Consumir, sem pensar.
       Os séculos, agora , estão visíveis a olhos nus. Quanticamente.Nos perióticos, uma noticia do século 20
      aparece colada com outra do século 21.Algumas do século 19, como espancamento e mulheres, estupros, corrupção, violência, se fazem presentes em volume assustadores.A existência, quase na velocidade da luz, entre estanpas, imagens, sons, grunhidos, desejos,  lágrimas e gargalhadas que ainda doem,, ainda emocionam, ainda entediam. Mas nada é tão forte quanto um dia. Nem tão colorido.A, cor, a frase, o sentimento que permanece na iris das visualizações é, quem sabe? Talvez os poetas. Em busca do tempo da velocidade mínima, a cronista das Trilhas se dá férias por quatro edições da Muito. e retorna nas chuvas de abril.A mil.

         Aninha Franco





Diferença de idade não é problema se há afeto e atração verdadeiros


     Entrar em um relacionamento amoroso com um parceiro muito mais velho ou muito  mais novo movido apenas por motivos "materiais", como a volúpia ou a ganância, é meio caminho andado para a decepção e a infelicidade. Quando os dois realmente se gostam, no entanto, a idade não cria qualquer empecilho para uma vida em comum prazerosa e ao mesmo tempo duradoura.

        Escolhas amorosas pouco convencionais sempre aconteceram,  mas no caótico mundo atual, assolado por rápidas mudanças e com maior liberdade privada,pares inesperados se formam com mais frequência, às vezes surpreendendo quem ainda acredita em relações que atendam aos moldes tradicionais. Casais com diferenças acentuadas de idade,  por exemplo, torna-se muito comum e isso abre novas possíbilidades- e também-  desafios - para quem tem a mente e o coração abertos.
        Dá certo? Muitas vezes, sim.O êxito depende dos motivos que juntaram o casal e especialmente do grau de afastamento que ele tem das ciladas inerentes a esse tipo de relação. " A gente se apaixona por pessoas , pode calhar de ser mais novas ou mais velhas" .Claro. A relação baseada no desejo e no encantamento múltuo é muito diferente da armadilha, bem comum nesse tipo de relação que eu chamaria  de "armadilha da concretude".São as seduções meramente físicas e materiais que resultam em pares formados na base da groseira troca da junventude de um pela riqueza ou fma do outro.
        É evidente que mesmo em casais da mesma idade ou geração, atração física e facilidades materiais podem atuar como critérios de escolha, em meio a outros ingredientes. Mas se esses critérios materiais são decisivos, a união deixa de ter os autênticos cimentos que a poderia sustentar: o amor pelas qualidades do outro, o caráter, a dignidade, a ética e a generosidade recíprocas.Uniões baseada só na volúpia e na ganância envolvem  alto risco de encrenca, decepção e infelicidade.
         A juventuda e a energia de um lado, e a experência e a capacidade de oferecer conforto, do outro têm papeis importantes  na atração e no apixonamento.. Uma pessoa não existe no vácuo : ela tem um corpo,. uma história, uma idade, uma cultura uma profissão.Ao lado da índole, tudo isso forma a sua complexidade e pesa no jogo das seduções.
        As relações entre pessoas  com idades muito diferentes sofre olhares simplificadores, que só levam em conta a tal da "armadilha  da concretude" e são emquadradas de forma pessimista e irônica.
        O pensador Confúncio indagou certa vez: "Qual seria a sua idade se você não soubesse quantos anos tem?"    A frase chama  a atenção para o caráter relativo da idade. O tema também foi abordado por Milan Kundera : escreveu  que nós somos , na maior parte do tempo, "uns sem idade". Somos, também, uns sem -vergonha, digo eu . A  propósito, quanto tempo ficam juntos os casais jovens de hoje, mesmo?

   Paulo Sternick



























19 de abril----Dia do Índio



     Os índios são os verdadeiros proprietários das terras brasileiras. Os brancos roubaram- lhes as terras,escravizando- os.
     Os bandeirantes tão decantados como heróis, assassinaram milhões de índios.
     A tão elogiada miscigenação só tem servido só tem servido para extinção do índio e de sua cultura.O índio não tem condições de ajustar-se a cultura do branco;assim tende-se a extinguir- se.
      As doenças que hoje alastram entre os índios  foram lavadas pelos brancos
      O índio é guarda natural das matas e dos rios Ele extrai da natureza aquilo de que precisa para a sua sobrevivência e zela pela preservação  da fauna e da flora.
      O  Estado, que tudo roubou do índio devia ao menos planejar o ajustamento dele a uma etapa  de algum progresso, preparando para certa convivência necessária com o branco que vive nas cidades e nas fazendas.
     Os políticos prevalecendo- se dos cargos e do poder, são hoje proprietários de terras roubadas  dos índios.
          O perigo    de o homem autodestruir-se pela devastação da natureza  é   muito grande. Quando o índio não é respeitado em seus direitos essa destruição se torna fatal.
         Os índios precisam de assistência m édica e sanitária como todos os demais cidadãos.Eles podem perfeitamente conviver com os  civilizados, preservando sua religião, seus costumes, sua  filosofia de vida..e
      Os civilizados não são educados para respeitarem os índios. Nas escolas e nos lares não há ensinamento
e uma conscientização para o problema dos índios.O índio não é figura exótica, mas um ser humano que merece todo respeito














       A visão tradicional romântica do índio é falsa   O ìndio que vive  em paz ao alado das matas e dos rios, encontrando tudo que precisa na natureza . Não é verdade. Na, realidade não há  tantas matas , e os rios estão secando. Escasseiam    cada vez os recursos naturais. É necessário  socorrer o índio encaminhando- o para  outro modo de vida, semelhante aos brancos
     Os que julgam defender os  interesses do índio , deixando- o entregue a si mesmo, estão equivocados. Os índios, hoje são indivíduos decaidos , dizimados por doenças e explorados por hábeis aproveitadores. Não há mais índios puros.Na maioria são mestiços, com hábitos mal- assimilados dos sertanejos; índios que já  esqueceram de seus antepassados; Muitos vivendo como párias à  margem dos garimpos, à beira das estradas, em subempregos nas fazendas.Trocam o que tem por ninharias. Negociam o que há de precioso em suas reservas por preços ridículos. Os que mais depredam a natureza  hoje, são na prática os  próprios índios.
    O índio precisa de proteção e amparo. Não pode ficar á margem do progresso, enquanto a natureza ao seu redor vai desaparecendo.O índio só será salvo se ingressar , atá onde puder, na civilização.Brancos e índios devem  unir-se nessa  direção





     
   

Você sabe como se forma um bom leitor? - 18 de abril dia do livro



     Não basta que ele leia suas histórias preferidas, mas que veja na leitura uma fonte de descoberta e de novos conhecimentos.

     É frequente vermos crianças que gostam e têm o hábito da leitura se negar a ler os livros indicados pela escola e,com isso, deixar  seus pais confusos, sem saber como resolver. tal problema.De um lado existe a obrigatoriedade imposta pelo professor, de outro as normas  de obediência ensinadas pela família e, no centro sempre existe um resistente  pequeno leitor  reclamando muito!
       A leitura é em geral, uma atividade muito apreciada pelas crianças especialmente por aquelas que começam a ouvir histórias contadas por pais seus ou professores ainda pequeninas.
          Quando aprendem a ler , parecem entusiasmadas, curiosas e felizes pela conquista, e interessadas  em saber mais..Não se cansam de ler e reler, porque sem críticas, pressões e com a única finalidade de entreter, enxergam a leitura pelo viés da diversão  e da ascensão de um novo status na escola e na família.Mas tarde elas mesmas começam a selecionar as histórias a serem lidas de acordo com as suas preferências de gênero ou por identificação com algum personagem.
        Então, de um ano para outro, surgem as indicções bibliográficas dos professores, recomendada pela faixa etária e para série que cursam.Mas aí, vem a surpresa"As crianças reclamam  praticamente tudo: o assunto desinteressante, o tipo de letra é muito pequeno,o enredo não tem novidades, vocabulário difícil e por fim,acabam  por adiar  para o dia seguinte a leitura e chegam á escola sem ter noção do que leram.Quando leram, é claro. As notas e as reclamações dos professores andam nessa altura na" contra-mão":
       Obrigar nossos filhos e alunos a ler é uma  tarefa que depende de muitos fatores, mas que pode ter sua dificuldade minimizada se os pais preocuparem desde cedo em manter a sua especial atenção sobre essa atividade.O ideal para formar bons leitores é lhes incutir o hábito de leitura pelo viés do prazer deixando- os escolher seus livros.É aí  que, cultivamos a dificuldade que as crianças têm de ler algo que, mesmo sem conhecer, já acham não valer a pena.
         Ao não oferecer a nossos filhos novos desafios com temas diferenciados, acabamos por lhes ensinar que, será sempre assim.Nessa liberdade infantil se esconde,  e se desenvolve a tendência a continuar em uma zona de conforto, de repetição, de informalidade e de facilidade, que acaba por não enriquecer sua capacidade linguística nem aumentar seu limiar de frustração. Se, vez ou outra, não puderam escolher o que ler, aprenderão a se concentrar em diferentes graus de exigência e acabarão por  apreciar novas leituras porque estas trazem vocabulário mais rico,conhecimentos diferentes e a oportunidade de conhecer  assuntos dos quais nem suspeitavam a existência.
             A criança na idade escolar já terá interiorizado que o prazer não existe apena nas leituras escolhidas por ela e que logo chegará sua vez de escolher  a leitura de sua preferência para as horas de descanso, de recreação. Com o tempo, os pequenos leitores aprendem a separar situações sem problema algum.
        Educamos as crianças para que adquiram o autocontrole e a responsabilidade na hora das obrigações e dos deveres, e não nas brincadeiras e na recreação.E a leitura é um momento muito propicio a esse aprendizado.

  Maria Irene Maluf

























quarta-feira, 17 de abril de 2013

As paixões que matam


     Diariamente , a mídia nos assolam com informações que revelam a faceta mais sombria da expressão humana.Casos como  da Eloá, Ángela ,  Diniz...viram dados estatiscos diante da crescente onda de assassinatos passionais.
        No uso popular, crime passional é  aquele cuja origem encontra- se o sentimento da paixão.Que  sentimento é esse  capaz de fazer alguém perder a cabeça e matar outra pessoa? Será mesmo em nome do amor? Amor e paixão sentimentos que não devem ser confundidos, pois diverem em suas motivações.
       Segundo Aurélio, amor é um sentimento de afeto, de dedicação absoluta que predispõe alguém a desejar o bem de outrem.  É um sentimento construido na convivência e inseparável do conhecimento pois somente  é possível amar aquilo  ou aquele que se conhece . Já a paixão é um sentimento dominador e cego e sobrepõe- se à lucidez   e a razão . Para se apaixonar  ou ser arrebatado por uma violenta atração, para que esse turbilhão  de emoções e sensações chamada  paixão possa eclodir, não precisa de uma cartografia do objeto desejado. A paixão tem a capacidade de fingir-se cega e surda e quando mais "frageis forem esses sentimentos sensoriais mais intenso será o deslumbramento, o arrebatamento e o vigor das emoções.
O ser humano se constitui  como um ser movido a aspirações e paixões.E a nossa sociedade  atual impulsiona a uma vivência  que lança as pessoas numa cadeia de aspirações infinitas que não incluem a experiência da perda e do vazio, algo absolutamente intrínseco à existência humana.Possuir o que quer seja de  bens materiais  ao objeto   amado é um lema de um mundo cada vez mais globalizado cujo produtos e pessoas, ao mesmo tempo em que são desejados, são também facilmente descartáveis em prol de outros mais atraentes e tentadores.É exatamente esse sentimento de posse, de detenção de algo  que move o agressor dos crimes passionais. O sujeito não consegue separar -se do parceiro,torna- se um dependente que se crê incapaz de viver só.
        Perdas fazem parte da nossa existência. Perdemos, ao nascer, o aconchegante ventre materno. Essa perda não é sem ganho. Ganha- se a vida e a possibilidade de novas experiências e aprendizados.E assim ao longo  do árduo caminho que é viver, novas perdas e ganhos vão sendo acrescentadas, propiciando sabedoria para lidar com as adversidades e mostrando- nos  que a vida está distante de ser uma festa  com eterna, mas que tem suas cores e sabores e se aprendermos a lidar também os fracassos.
       Para os denominados assassinos passionais, as pequenas perdas constitutivas da vida dificilmente foram elaboradas e assimiladas.Vê- se nessas pessoas uma grande intolerância `frustração, em receber um "não", em lidar com os limites Elas  procuram transgredir  os obstáculos tentando sempre se desvencilhar da perda, da dor e do vazio. Se se sentem realmente encurralados, quando o parceiro decide pela separação, o sofrimento é de tal maneira absurdo que não consegue vislumbrar outra vida sem esse objeto. O senso crítico cai, a pessoa perde as referências e age como um animal destruindo o outro.A pessoa é tomada por uma emoção incontrolável, incapaz de dominar.
      Thomas Hobbes já dizia, " o homem é o lobo do homem". O sujeito que se encontra ameaçado  se vê desprovidos de todos os recursos emocionais.Faz- se necessário todo um trabalho psicológico de propor ao sujeito a habitar um mundo que inclua experiência de dor e vazio,  pois não há existência que seja possível eliminá- los. Isso, contudo não significa viver uma existência triste, mas acreditar que nas cores  sabores  e dissabores que a vida oferece pode- se encontrar também um sentido para vivê- la da melhor maneira possível.
              Sabrina Gomes Camargo-- Psicóloga


     






















terça-feira, 16 de abril de 2013

CIÚMES: : POSSE ou INSEGURANÇA



    Quem nunca ouviu, cantou  e até emocionou ao som da  música"Não se vá!"  Não me abandone por favor. Pois sem  você  vou ficar louco.É o ciúme que está nos separando pouco a pouco"...
      Todos  nós sentimos ciúmes, em maior ou menor grau e todos já fizemos alguma besteira por acreditar em rumores ou ilusões criadas por nós mesmas.Um dos muitos sentimentos humanos que a ciência não explica. É um sentimento intrinseco ao ser humano. Ao longo da vida todos nós vamos, em alguma medida, experimentar essa emoção que é por natureza um tanto complexa. O importante não é saber  se sente ou não ciúmes, mas discernir a intensidade desse sentimento. Quando há  um exagero pode tornar- se nocivo  e patalógico e transformar- se numa verdadeira obsessão prejudicando o relacionamento e as demais  interações sociais.
       Varia de pessoa para pessoa. " O ciúma existe a partir do momento em que há o temor da perda que pode ser real , irreal ou imaginária e envolve três ou mais pessoas: a que sente o ciúmes, de quem sente ciúmes e aquelas que são motivos de ciúmes. Nesse  complexo triângulo amoroso, as sensações de perdas e de ameaça levam à eclosão desse turbilhão emocional denominado ciúmes"
      O ciúme normal é aquele que confere até mesmo um sabor ao relacionamento e mantém acessa a chama da paixão.É sentimento na medida certa, sem exageros e não prejudica  nem desgasta.Já o  patalógico geralmente é provocado por intensa desconfiança e insegurança, o ciumento costuma apresentar baixa auto estima, sente inferior com relação aos outros,criando para si um estado de alerta e de competição muitas vezes irreal ou super valorizado. a ver  e acreditar em situações que não ocorrem transformando seu medo de perder o objeto amado numa paranóia e obsessão.  O ciumento passa a controlar, a limitar,  a vigiar a vida do parceiro restringe sua liberdade, lança acusações muitas vezes sem fundamentos.Gera inclusive sentimentos de vingança..
      Há ciúmes também entre irmãos, amigos, colegas de trabalho..Em excesso demonstra falta de controle  em lidar com a perda, seja do amor, da atenção, de uma promoção de trabalho.
        Até que ponto apimenta a relação e quando começa a destrui-la?. Quando não prejudica a vida da pessoa ciumenta, nem do parceiro, uma vez que apimentando a relação é saudável  sentir ciúmes. Caso contrário, se as dúvidas começam a ficar absurdas,  se o ciumento começa a invadir e tolher a privacidade do parceiro, abrir correspondências  chegar mensagens, examinar bolsos,, cheirar roupas,e seguir o outro é sinal que algo ultrapassa  o limite  e a fronteira da normalidade. Se há esse tipo de comportamento, de questionamento excessivos de buscas desenfreada por por pistas e de alta desconfiança, há também as reações físicas como aperto no peito, sudorose, falta de ar. Sente- se ciúmes pelo temor da  perda do amor do objeto amado  e por acreditar que esse objeto pode , escolher outro parceiro com mais qualidades revelando a  insegurança.do parceiro ciumento.
     Que tal  amar mais a si mesma?

    O importante não é aprender a lidar com o ciúme, mas consigo mesmo.Ele é uma emoção comum e natural do ser humano Todavia para quem sente e não o controla, é preciso saber lidar com a  baixa auto- estima e  com os sentimentos de inferioridade. Quando ele tá fora do controle deve procurar ajuda  de um profissional.

   Sabrina Gomes Camargo























     

quarta-feira, 10 de abril de 2013

A freirinha e o rabino



    É leviano imaginar que o futuro do Brasil tenha pouco a ver com seus êxitos em educação, ciência  tecnologia. Mas para cuidar bem desse assunto precisamos entender  suas idiossincrasias  e cacoetes.
Educação se faz com uma receita relativamente simples, desde que haja bons ingredientes- no caso, alunos e professores. Crescer rapidamente não é problema. De fato, o ensino médio quase triplicou na década  90, com perdas de qualidades insignificantes. A escola da Embraer  entrou para o rol das dez melhores o país, poucos anos  após  haver sido criada.  Mas, olho, os inimigos mortais da educação são a inércia, a politicagem e as ideologias fundamentalistas.
      Conhecendo também as receitas da boa ciência. Qualidade é tudo, ciência mais ou menos não tem serventia. Não dá para improvisar e tudo leva muito tempo: meio século foi o que nos custou. Depende  fatalmente de dinheiros púbicos  e de um aparato governamental competente e complexo. Nossa ciência seria apenas uma quimera sem Capes, meritocráticas e salvas  das pilhagens políticas.
        A cada ano o Brasil produz 13000 doutores, muitos deles de boa cepa.Comparado com outros países médios, o Brasil está bem, pois só nos ultrapassam em publicações a Índia e as gentes de olhinhos  puxados. Mas não vai pelas bravuras desse ou daquele governante, e sim  pela aplicação contínua  de boas regras. Uma crise desfaz em dias um grupo de pesquisas que levou dez anos para ser construída.
       Mas como se usa essa ciência para fazer tecnologia made  im Brazil? Algum tempo atrás, havia um professor para narrar as dificuldades. de base tecnológica, Havia  conflitos entre lucro, curiosidade cientifica e propriedade intelectual. O professor não era de uma  sofrida  universidade brasileira, mas  de Caltech, uma das melhores escolas de engenharia do mundo.Alimentar  a tecnologia com  ciência é como promover o namoro da freira com o rabino. Eles professam crenças diferentes, custosas de conciliar.
      O ciclo da ciência termina em uma publicação, aprovada por cientistas   que leram os mesmos livros. Portanto são da mesma seita. Em contraste , o ciclo da tecnologia  termina na loja que  vende o produto final,  longíssima das decisões  tomadas  nos laboratórios de pesquisa Mesmo os  países mais ricos se perdem nesse tortuoso trajeto.
        É desanimador quando comparamos o volume de nossa ciência com os ralos sucessos na tecnologia. Como nós , muitos países conseguem ter núcleos de pesquisa séria Contudo, na tecnologia os desafios  são maiores.   Publicamos oitenta vezes mais do que as míseras  480 patentes.
        Um pé na cava vira álcool em alguns meses. Porém a tecnologia que fez o Brasil competitivo no etanol nasceu, faz tempo, no Instituto Agronômico de Campinas, inaugurado por Pedro .
          Os laboratórios de Univessidade só chegam  a metade  do ciclo da tecnológia. Daí pra frente as empresas precisam se ariscar em seus próprios centros de pesquisas e desenvolvimento.É mais rápido e seguro importar as tecnológias, mas é um caminho sem futuro. Mas juntando o que conseguimos fazer, até que não estamos tão mal.

        Claudio de Moura Castro





















     

A freirinha e o rabino



    É leviano imaginar que o futuro do Brasil tenha pouco a ver com seus êxitos em educação, ciências e tecnologia
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A freirinha e o rabino



    É leviano imaginar que o futuro do Brasil tenha pouco a ver com seus êxitos em educação, ciência

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Baile de mácaras




     Uma vida inteira descobrindo as próprias máscaras e tentando retirar algumas (outras são indispensáveis). Cada manhã afivelo a máscara do dia, um rosto cômodo que me permite conviver melhor.O perigo é que algumas vezes essa máscara se apegue de tal jeito à minha pele que eu não consiga mais tirar, ou saber qual destes rostos é o meu:O que espreita o mundo ou o que olha para  dentro e vai me construindo pessoa?
       Não falo de cretinice , mas talvez de autopreservação. Ninguém deveria botar a cara na janela sem consciência de que pode levar um tapa ou uma cuspada.
       Os americanos aturdidos pela crise, talvez  beirando  uma recessão  braba, saíram feitos loucos
loucos depois do dia de  Ação de Graças, dia de comprar pela internet, também se esbaldaram.ou a crise não era tão séria , ou estamos todos delirando, ou também existe uma máscara com cartão de crédito estampado.
           Aqui, segundo dizem a recessão não  passará nem de longe e os problemas são dos outros, começam as compra  desde o Natal, bandos de pessoas com montanhas de sacolas  repletas .Nunca fizeram e venderam tantos carros.Não Há  edifícios suficientes para nossa fúria de compra de apartamentos. Todos temos direito  a uma casa, uma televisão, um carro.saúda, escola higiene, dignidade, horizontes positivos.Mas a máscara do consumismo junto com a do ufanismo me assusta  um pouco, como a de um palhaço mau:onde vamos acabar?Como vamos pagar? A quem estamos enganando? Que estranho rosto é esse, que voz falseada, que cartão de crédito onipotente que logo adiante estará furado, que entusiasmo juvenil que nos pode levar à boca do poço?
          Que a vida é em parte um baile de máscara com as quais nos seduzimos uns aos outros, e nos enganamos diante do espelho, é sabido. O perigo reside na hora em que a última das máscaras, cair e tivermos de ver, nos grandes espelhos, um rosto preso ao nosso corpo, mas que parece não ter a ver conosco.

       Lya Luft




A arte de não morrer



    " Embora o taoísmo seja uma cultura do corpo e a psicanálise uma cultura da palavra, ambos se opõem ao imaginário conformistas dos que acreditam na impossibilidade d resistir ao tempo."

      O livro  o Tão Te King, foi escrito  300 anos antes de Cristo, na China. Encontra- se traduzido em todas as língua. Taoísmo é o nome que se dá   as artes o viver e não morrer. Ele não evita a morte, mas  adia o envelhecimento do  corpo. Permite  contrariar  a sua tendência natural E ajuda a viver mais tempo com a força da juventude.
        Entre as artes do viver e não morrer está a  meditação, prática através da qual a pessoa se  retira em si mesma e se concentra no próprio corpo, que é simultaneamente uma réplica do universo e um laboratório. A concentração permite voltar à  natureza e recuperar-se as energias vitais.
       A base da meditação é o não agir, que implica e ensina a paciência, sem a qual  a vida não é possível. A cultura  ocidêntal  tende a ignorar esse fato .Ela associa a felicidade ao sucesso e incita à impaciência.Só por contrariar  essa temdência, que é a maior causa do stress, a difusão do taoísmo entre nós é um  avanço.Mas,  além  da paciência, ele ensina o valor da transformação. Segundo consta , Lao Tsé, o autor do livro Tão  Te Kin,  passou por 24 transformações.
        Embora o taoísmo seja uma cultura do corpo e a psicanálise uma cultura de palavras, há entre essas duas artes muitos pontos em comum. O não agir  e a paciência são os requisitos básicos da meditação e da analítica. O analizando se deita no divã e associa livremente até o inconsciente se manifestar. Noutras palavras, ele espera acontecer.
  

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Apesar de tudo, há sempre uma esperança



                                            O sol existe
  
      Ainda que seja noite o sol existe por cima de paus e pedras, nuvens e tempestades, cobras e lagartos, o sol exista. Ainda que tranque o nosso quarto e apague a luz o sol existe.

      Embora a mensagem final do poeta seja de esperança, todo o poema transpira pesadamente um clima   desesperador de pessimismo . É como o  se o poeta falasse conosco por meio de uma multidão de lobos prestes a atacar -nos com seus afiado poderosos dentes.
        Mas que entidades ou pessoas se transformariam em lobos e nos agrediriam com a violência das armas, com ofensa e ameaças de morte?  A  história está repleta de momentos  terríveis vividos por povos submetidos  à tirania  de opressores poderosos e desumanos, não raro, dizimados em sangrentos genocídios. Na vida de cada de um de nós, também encontramos indivíduos de mau caráter que, para levar vantagem ou passar à frente, não hesitam em caluniar, denegrir, ameaçar.
        Nem sempre os oprimidos consegue escapar das garras dos opressores. O próprio Maiakowski, autor do poema, suicidou- se por não suportar o regime tirano do ditador Stalin na União  Soviética.  O poema que escreveu com tintas de um pessimismo vivido na carne permanecerá para sempre, com esse apelo comovedor: não desanimemos, o sol existe., há sempre uma esperança.

      Artur  Carlos Carminiano







Braquitude e negritude

 

  "  O estatuto da igualdade denuncia  uma disparidade étnica substantiva"

   
    O  quinto artigo da Constituição Brasileira garante que todos somos iguais perante a lei,  sem distinção de natureza O Estatuto da Igualdade  Racial discorda e denuncia uma disparidade étnica, substantiva, que exige legislação para o enfrentamento. A  Unesco nos passa na cara uma  desigualdade  imoral e incolor. E nós, mulatos, "seres naturalmente   ambivalentes", os  "que mantém " sob  os desavergonhados "que mantém sobre os pés os homens nobres, padecemos a questão.
         O mulato  Lula sancionou  o estatuto, depois de oferecer amizade e minimizar a morte do preso político cubano Zapata .Confuso não? Países  em processo democratizante não deveria manter relações diplomáticas com países que tem preso político  Demétrio (Uma Gota De Sangue,  Contexto 2009) e  Munanga (Rediscutindo a mestiçagem no Brasil, Vozes, 1999 ) duelam sobre a desigualdade da igualdade com interferências de Caetano,  e Risério (A Utopia Brasileira e os Movimentos Negros,  Editora 34 2007.)
       Eu queria invocar a voz pastosa de Billie Holiday cantando Strange Fruits. E chorar como ela chorava quando co(a)ntava os negros enforcados pela Ku Klux Klan, tão parecidos com os adolescentes da Baixa de Santa Rita.  E dizer, como ela dizia, que das árvores surgiam "um estranho fruto" com "sangue nas folhas e sangue na raiz das crianças encharcadas de crack até morrer no Pelourinho.  E denunciar os " corpos negros balançando no  sopro da brisa do mar da Baia de Todos os Santos por um dólar, um prato ou nada,
       E projetar o que leio "os olhos esbugalhados e a boca torcida", e  o súbito cheiro de carne queimada!". "Frutos que a maresia corrói,   que a chuva arranca, que o vento suga, que o sol apodrece, que a árvore derruba"  E que permanecem antes e depois do estatuto, sua " estranha e amarga colheita".
   Aninha Franco



A Lei e a justiça



  Acredito firmemente que se deve reduzir a idade na qual alguém pode ser legalmente responsável por seus atos



     Ando cansada da loucura humana .Ando  exausta deque, lúcida tanto cinismo, maldade perseguição aos homens de bem e impunidade aos pérfidos. Cansei do drama da juventude que, lúcida ou drogada, começa a roubar, a matar, às vezes com requintes de crueldade, aos 12 anos- pouco mais, pouco menos: s apanhados, nem todos poderão ser reintegrados  na sociedade. Voltarão para os novos crimes. Um menino de 14 anos  confessou na maior frieza o assassinato de dezessete  pessoas. . "Matei, sim" .15 já foram confirmados.
      Se não houver uma grave interferência ele sairá   para matar em breve. Por ser menor de idade, como tantos assassinos iguais a ele, foi par uma dessas instituições de ressocialização nas quais não acredito . Logo estará livre para reiniciar  com alegria sua atividade de assassino psicopata. E, se perguntarem a razão, talvez   diga  como outro criminoso,  que assaltou um amigo meu, e repetia: " vou te matar". Meu amigo perguntou por que, o menino respondeu com simplicidade: "Nada' .Hoje saí a fim de matar alguém".
       Acredito que se deve  reduzir a idade na qual  alguém pode ser legalmente responsáveis por seus atos. Quando em outros países a idade mínima é de 14 anos, 12, e até menos, aqui, aos 16 podemos mudar o país através do voto, mas se estupramos, matarmos, roubarmos, até os 18, pegamos uma leve- e breve pena em uma instituição que ( com raras exceções) reeduca os passíveis de melhoria de, e deixa os  psicopatas mais loucos.
        Como nós, sociedade moderna, produzimos esse e outros dramas morais?  Acusa -se pele criminalidade juvenil a família, que às vezes é apenas outra vítima, ou " sociedade" conceito vago que isenta de uma ação enérgica, enquanto se multiplicam os dramas, aumenta as tragédias, vítimas, e criminosos deixando famílias  destroçadas dos dois lados, sem solução à vista além de teorias e livros e seminários com discursos pomposos mas pouco eficazes. Pouca é a vontade de mudar isso, que deveria começar com a educação em suas bases, mas o dinheiro e o esforço dedicados a isso , têm sido irrisórios dentro do orçamento do país.
        Além do mais, nada adiantará se não cumprirmos o que deve estar em qualquer  Constituição;  que  todo ser humano seja garantido tratamento digno e decente.. Isso inclui as possíveis vítimas, que mereceriam uma sociedade menos violenta e autoridades mais eficazes, e de outro lado os criminosos,  que deveriam ser submetidos a leis mais firmes e colados- se for o caso- em prisões decentes onde possam  trabalhar, produzir para seu próprio sustento,  e quem sabe, aqui, e ali, realmente voltar  à sociedade regenerados, com nova  oportunidade.
    Sou mais ´crédula do que cética,  quando menina,  me disseram  que, se a gente cavasse no fundo do jardim, esse poço daria no Japão,  onde as pessoas andavam de cabeça para baixo ( para eles, e de pernas para o ar estaríamos  nós ) Adulta, descobri que a vida tem outras poços, nem todos divertidos. Um  deles parece não ter fim.: O poço dos escândalos nossos de cada dia,  da nossa desolação e dos nossos enganos. Do desinteresse e da má vontade.  Do poder dos maus e da fragilidade dos bons E aí nem leis nem tribunais supremos nos ajudarão, se ficarem apenas na letra escrita ou submetidos a  jogos do poder.
        O poço tem fundo: o diabinho no meu ombro espia seu reflexo nele, para ver se não haverá alguma luz que o afugente. Resta descobrir quanto tempo se leva para chegar a esse fundo,  e se lá chegando, descobriremos que a Senhora Justiça era  apenas um mito, que talvez tenha suas razões para não  tirar a venda e finalmente olhar para nós.O diabinho rosna : "A lei nem sempre garante a justiça".


    Lya Luft
     

























       

























quarta-feira, 3 de abril de 2013

Mar português ( Fernando Pessoa )

    



      Ó mar salgado, quanto do teu sal
      São lágrimas de Portugal!
      Por te cruzarmos, quantas mães choram
      Quantos filhos  em vão rezaram!
       Quantas noivas ficaram sem casar.
       Para que tu fosses o nosso, mar!
     
      Valeu a pena? Tudo vale a pena
      Se a alma não é pequena.
      Quem quer passar além do Bojador
      Tem passar além da dor..
      Deus ao mar o perigo deu
      Mas nele é que espelhou o céu.


 Observação-- A conquista   dificílima de novas terras representava para os portugueses
 um ideal tão grande, que para executá- lo, .  qualquer sacrifícios deviam ser feitos, até mesmo o da própria vida Era um ideal do povo Português, da`Pátria Tudo foi sacrificado em busca  da grande meta, como se mencionou nos primeiros versos: mães choravam, filhos em vão rezavam, noivas ficaram por casar. Para que? Responde o poeta : " Para que fosse nosso, ó ,mar!"

adeus

terça-feira, 2 de abril de 2013

Deus não existe



   Deus está morto porque nunca existiu. Deus acreditar  no que se pode ver ou tocar e, como nunca vi ou o toquei, é impossível acreditar na sua existência. Também não posso dizer que  o sinto, pois é diferente de uma relação humana, onde podemos transmitir  carinho e amor de forma física; já o amor de Deus é espiritual e difícil de sentir.  Não acredito que tudo o que materialmente  seja uma dádiva de Deus, mas sim que alguém trabalhou e trabalha para oferecer- me tudo.
     Alguns acreditam em Deus para  justificar fatos ou coisas inexplicáveis A crença em Deus é produto da ignorância; tanto que, na Antiguidade, com pouca evolução cientifica tudo estava relacionado com ele. Atualmente, já não se houve com tanta frequência  que foi Deus que fez isso ou aquilo. Tudo se deve ao progresso do homem no campo científico, tecnológico .e filosófico.
        Tudo que o homem conseguiu  foi com seus esforços e sua capacidade de criar, usando uma pequena parte de seu potencial. Não se deve relacionar suas conquistas e criações com divindades.


    Marcia, Laboratório de Redação (Hildebrando A. de André)

      Com que direito ou que lógica alguém pode falar em nome da Ciência (com C  maiúsculo ) se  ele tem apenas a ciência ( com c minúsculo );  ou seja, a ciência de sua época? A crença em Deus nos ajuda a viver A descrença  parece afastar de nós alguma coisa.  interior onde estaria a força para suportar as dificuldades da vida, o apoio necessário, a esperança de uma compensação para os sofrimento,  o descanso final.


     Todos são livres  para dançar  e para se divertir, do mesmo modo que, desde a neutralização
 histórica da religião, são livres para entrar em qualquer  uma   das inúmeras seitas . Mas a liberdade  de escolha da ideologia, que reflete sempre a coerção econômica, revela- se em todos os setores como a liberdade de escolher o que é sempre a mesma coisa. ( T W  Adorno )