quinta-feira, 4 de abril de 2013
A Lei e a justiça
Acredito firmemente que se deve reduzir a idade na qual alguém pode ser legalmente responsável por seus atos
Ando cansada da loucura humana .Ando exausta deque, lúcida tanto cinismo, maldade perseguição aos homens de bem e impunidade aos pérfidos. Cansei do drama da juventude que, lúcida ou drogada, começa a roubar, a matar, às vezes com requintes de crueldade, aos 12 anos- pouco mais, pouco menos: s apanhados, nem todos poderão ser reintegrados na sociedade. Voltarão para os novos crimes. Um menino de 14 anos confessou na maior frieza o assassinato de dezessete pessoas. . "Matei, sim" .15 já foram confirmados.
Se não houver uma grave interferência ele sairá para matar em breve. Por ser menor de idade, como tantos assassinos iguais a ele, foi par uma dessas instituições de ressocialização nas quais não acredito . Logo estará livre para reiniciar com alegria sua atividade de assassino psicopata. E, se perguntarem a razão, talvez diga como outro criminoso, que assaltou um amigo meu, e repetia: " vou te matar". Meu amigo perguntou por que, o menino respondeu com simplicidade: "Nada' .Hoje saí a fim de matar alguém".
Acredito que se deve reduzir a idade na qual alguém pode ser legalmente responsáveis por seus atos. Quando em outros países a idade mínima é de 14 anos, 12, e até menos, aqui, aos 16 podemos mudar o país através do voto, mas se estupramos, matarmos, roubarmos, até os 18, pegamos uma leve- e breve pena em uma instituição que ( com raras exceções) reeduca os passíveis de melhoria de, e deixa os psicopatas mais loucos.
Como nós, sociedade moderna, produzimos esse e outros dramas morais? Acusa -se pele criminalidade juvenil a família, que às vezes é apenas outra vítima, ou " sociedade" conceito vago que isenta de uma ação enérgica, enquanto se multiplicam os dramas, aumenta as tragédias, vítimas, e criminosos deixando famílias destroçadas dos dois lados, sem solução à vista além de teorias e livros e seminários com discursos pomposos mas pouco eficazes. Pouca é a vontade de mudar isso, que deveria começar com a educação em suas bases, mas o dinheiro e o esforço dedicados a isso , têm sido irrisórios dentro do orçamento do país.
Além do mais, nada adiantará se não cumprirmos o que deve estar em qualquer Constituição; que todo ser humano seja garantido tratamento digno e decente.. Isso inclui as possíveis vítimas, que mereceriam uma sociedade menos violenta e autoridades mais eficazes, e de outro lado os criminosos, que deveriam ser submetidos a leis mais firmes e colados- se for o caso- em prisões decentes onde possam trabalhar, produzir para seu próprio sustento, e quem sabe, aqui, e ali, realmente voltar à sociedade regenerados, com nova oportunidade.
Sou mais ´crédula do que cética, quando menina, me disseram que, se a gente cavasse no fundo do jardim, esse poço daria no Japão, onde as pessoas andavam de cabeça para baixo ( para eles, e de pernas para o ar estaríamos nós ) Adulta, descobri que a vida tem outras poços, nem todos divertidos. Um deles parece não ter fim.: O poço dos escândalos nossos de cada dia, da nossa desolação e dos nossos enganos. Do desinteresse e da má vontade. Do poder dos maus e da fragilidade dos bons E aí nem leis nem tribunais supremos nos ajudarão, se ficarem apenas na letra escrita ou submetidos a jogos do poder.
O poço tem fundo: o diabinho no meu ombro espia seu reflexo nele, para ver se não haverá alguma luz que o afugente. Resta descobrir quanto tempo se leva para chegar a esse fundo, e se lá chegando, descobriremos que a Senhora Justiça era apenas um mito, que talvez tenha suas razões para não tirar a venda e finalmente olhar para nós.O diabinho rosna : "A lei nem sempre garante a justiça".
Lya Luft
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