quarta-feira, 24 de abril de 2013

Vamos ser quem somos


  Tanto tenho lido sobre  diferenças e preconceeitos, o politicamente correto que começo a pensar se não deviámos nos livrar das exigências, receitas, códicos, ordens, enquadramentos religiosos e por vezes cruéis, desde a nossa cultura atual. Cultura que nos propaga liberdade, mas nos veste camisa de força umas sobre as outras  , lá vamos nós carregand  esse ônus, e achando  que somos livres-mas nem sabemos o que queremos.
        Não é fácil descobrir quem a gente é: primeiro, estamos sempre mudando. Na essência somos alguém, mas algumas camadas legítimas da nossa alma vão se transformando, para melhor ou para pior com o passar do tempo e as circunstâncias. E as escolhas nossas, claro. Conseguimos ser mais abertos ou nos fechamos mais; :ficamos mais lúcidos ou mais alienados; enfrentamos o mundo  de peito mais ou menos aberto ou nos anestesiamos com drogas, bebida, remédios; queremos verdadeiros afetos ou deliramos num sexo sem ternura nem parceria; enfim, escolhas ou destino, e alguma coisa mais.
        Porém dentro  do que de verdade somos, ainda que não sabemos muito bem, poderíamos ser fiéis a nós mesmos.Mas as pressões externas se tornam internas, o diabinho do espírito, sopra em nosso oiuvido, é isso aí, vai ser da turma, vai fazer isso ou aquilo, e ser assim ou assado e se vestir conforme a moda. Você não visitou  aquela cidade,não viu aquele filme, não frequenta academia,não transa tantas vezes, daqueles jeitos que,  hoje são os melhores, não tem aquele vibrador, ou vibrador nenhum, que coisa mais sem graça" ! Você só tem 20 amigos em uma rede social? Eu tenho mais de mil, nunca estou sozinho, tenho um milhão de amigos.
        E nos sentimos de fora , pobres,  sem jeito, esquisitos até para nós mesmosMas , por que motivos, se nos sentimos bem com essas limitações, con essa pobreza nas redes sociais, se não conhecemos Paris, não frequentamos academia,  ou aquela mais chique, não estamos dentro dos padrões,. estamos errados? Se eu sou de uma cor de pele ou de outra, mais agitadi ou mais sossegado, gordo ou magro, ativo ou reservado, por que teria  eu  de mudar quando surge algum esperto querendo dar ordens?, Tem gente que sente  à vontade  sendo mais fachado, mais tímido, poucos amigos,mas verdadeiros  ,e aí fica inquieto porque teria de ter cem., ou mil.
           Quero deixar claro  que nada tenho contra redes sociais e não critico quem tem mil amigos. O que me interessa é que  a gente tenha consciência de que não são os  duzentos ou mil a quem posso telefonar no meio da noite dizendo " estou mal" e virão correndo me ajudar. O que eu quero dizer é que é bom, bonito, natural, ser natural: com olhos azuis ou chineses,prefil árabe ou cabelo crespo. É bom, bonito ser tímido ou extrovertido (desde que educado nos dois casos), até mesmo fechado esquisito,contemplativo.
           Tudo é positivo se é natural, exceto grosseria, cinismo, hostilidade.  E a gente sempre pode melhorar, desde  que não seja apenas para   ser como os outros querem- e que não seja  "do mal".Aí é chato demais.
    
        
       
















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