terça-feira, 26 de março de 2013

Casamento ´sob medida



Em busca de um parceiro com quem tenha mais afinidade, os brasileiros não hesitam em começar vida nova e o número de casamentos no País dobra em uma década.

      Por décadas,o "seja infinito enquanto dure". de Vinicius de Morais, foi lançado em mesas de bar,cartas açucaradas e investidas românticas. Agora, o famoso trecho do "Soneto da Felicidade" é usado por especialistas para explicar como os brasileiros estão encarando o casamento.Ele não precisa mais ser "até que a morte nos separe",, mas "bom enquanto durou". Até porque as  pessoas hoje em dia só se mantêm casados por opção.- não há mais o peso da imposição social ou econômica sobre a instituição matrimonial. Segundo o ( IBGE), na última  década o número de casamento subiu e de separações cresceu. Mas o total de recasamentos ( gente que casa uma vez, duas, três )dobrou  de2000 a 2009 ."        "O sonho do grande amor, do companheiro que faça a pessoa feliz permanece.", afirma a autora do livro " Casamento, Término e Reconstrução". " A diferença é que agora as pessoas sabem que ele não vai durar para sempre".
         A expectativa em torno  desse "bom" também mudou.Até pouco tempo atrás, os enamorados só se contentavam com a perfeição. Pares que se completassem, com os mesmos gostos, sonhos e ideais, numa simbiose que costumava  se romper aos primeiros tremores  da implacável rotina. Atualmente, o exercício é retirar o manto das expectativa   que cercam as relações amorosas e encarar o parceiro como uma pessoa real, com qualidades e defeitos. " O antigo amor romântico está dando ligar a um sentimento mais realista" Isso não garante a durabilidade das relações, mas melhora significamente sua qualidade durante o tempo que elas duram.Foram mudanças jurídicas como a lei do divórcio, que hoje pode ser oficializado até em cartórios- e sociais dos últimos anos que abriram brecha para os recasamentos."Sabe- se  que em momentos de crise econômica diminuem o número  de casamentos e separações . Ninguém quer mudar o  status quo, pois tanto casar como separar implica gastar mais.
       Está em curso ainda uma mudança de padrões. Por muitos anos,o casamento caminhou dentro de uma forma número 37. Essa numeração,como ocorre nos sapatos, servia para os pés de muitos casais, apertava o calo de alguns e ficava largo para outros.A forma do matrinônimo tinha o marido como cabeça do casal e a mulher como rainha do lar.Hoje as uniões se flexibilizaram a ponto de  poderem ser trabalhados sob medida.". O casamento  personalizado é o modelo que vai prevalecer pelas próximas décadas" Atualmente já existe várias possibilidades. Há os que casam e vivem em casas separadas., mulheres mais velhas unem -se a homens mais jovens e até a união de pessoas do mesmo sexo está ganhando espaço. " A sociedade está mais tolerante e isso é ótimo".
     Mas o que leva as pessoas a abrir mão da sua confortável independência e dividir armários,, expor as mais  recônditas intimidades e partilhar grande parte de sua vida com alguém? A resposta é singela: o bom e velho amor." Nem mesmo  o engravidou  tem que casar' se aplica mais hoje.
      Não vejo outra forma de uma pessoa subir ao altar que não movida pelo amor.
      Diminua  as expectativas. "A perfeição no relacionamento não existe." Por mais apaixonado que esteja, cultive a autoestima: " Além de fazer alguém feliz, a gente tem que casar para ser feliz
      Case  com alguém  que tenha afinidades: "Essa história de que os opostos se atraem é balela".
      Valores  são inegociáveis :"Seu parceiro não deve ser uma cópia sua, mas tem de ter valores parecidos."
     A s novas configurações de casais também têm produzido mudanças nas legislações. Uma delas é consolidação da união estável como opção e casamento. O termo firmado em cartório assegura direito como  pensão, herança, seguro,de vida e plano de saúde.Com essa alternativa ao casamento civil, popularizaram -se também os contratos pré- nupciais "Com a união estável podem ocorrer  até em pessoas que vivem em casas separadas, é preciso definir de quem são os frutos colhidos durante o relacionamento".
       As conquistas dos casais gays se dão em outro ritmo Todas marcadas pela esfera jurídica, com o (STF). O Supremo Tribunal reconheceu a união homoafetiva como uma entidade familiar..
        "Os casamentos não são mais tão esquematizados como os dos nossos pais e avós.".  Mas há um componente que continua em alta :as festas de casamento.
     "Mas do que valer  a pena  se casar, não existe outra opção, porque do contrário se paga um preço muito alto"Estudos mostram que pessoas que dizem encontrar tudo no casamento, como amizade, e sexo são mais satisfeitas do que aquelas que buscam isso com mais de um".Ter sexo com uma pessoa ,  amizade com outra, e parceria com outros, não geram fusão. Quando você vive isso  tudo com uma pessoa só, há mais profundidade " Não esquecendo de aposentar termos como a metade da laranja,  tampa da panela, ou alma gêmea.Nem se frustrando, caso a união termine. "Sabe  porque a maioria das pessoas divorciam?", " Para casar de novo"

    Michel Alecrim e Rodrigo Cardoso
     
 . "























Nenhum comentário:

Postar um comentário