sexta-feira, 29 de março de 2013
A escola dos últimos 25 anos
Universalizar O Ensino Fundamental foi um avanço indiscutível, pois escolarização básica cresceu em taxas bem maiores do que a da população. Há 25 anos, a maioria dos professores e hoje ainda estava na escola, como aluno. Há não muitas tempo., em certas regiões, muitas professoras recebiam bem menos que o salário . Hoje ganham o piso nacional ( apesar de alguns estados não cumprirem a determinação), mas sua remuneração, e formação e carreira continuam incompatíveis com os discursos sobre a importância da educação.
No tratamento de dívidas sociais , que hoje chamamos " política de inclusão" , grupos étnicos ameaçados ou segregados, pessoas com deficiência, jovens em condição de risco e analfabetos, foram incluídos no ideário educacional- e de forma mais republicana, diferente da velha benemerência para com os desfavorecidos. Isso é essencial mas ainda há muito o que fazer, somando ao enorme saldo devedor dos que deixaram a escola sem aprender 14,1 milhões de analfabetos e outros 38 milhões de analfabetos funcionais.. Teremos de enriquecer para pagar tais dividas? Isto nos leva a último ponto : a relação entre Educação, desenvolvimento econômico- social e modernização.
Ficamos, por ora , com a modernização : há 15 anos não havia internet e este texto, datilografado chegaria à redação em cerca de dois dias, pelo correio. e hoje este texto, anexo com e-mail, chega às redação em fração de segundo. No entanto, temos dezenas de milhares de escolas sem um único computador e outras tantas sem acesso à rede.. Nosso problema com a modernização é mais profundo pois tem a ver inclusa melhora de qualidade na aplicação numérica da escola .Há um quaro de século, batalho pelo ensino de ciência mais significativo e baseado na ação de quem aprende vejo livros e currículos se modificarem, mas persiste o baixo desempenho nas avaliações
A revisão. desse percurso por completar já revela desafios para o país incorporar´`a dinâmica global , não se restringindo a exportar matéria -primas, degradar recursos naturais e segregar sua base social. Essa dinâmica é um turbilhão que só poupará nações que se renovarem, tendo a cultura de seu povo como seu recurso e sua finalidade. Lembremos Anísio Teixeira com as frases: "Para a nova escola, estudo é o esforço para resolver um problema ou executar um projeto e ensinar é guiar o aluno para a sua atividade e dar-lhes recursos que a experiência humana já obteve..."e ainda" Temos que construir a nossa escola não como preparação para o futuro conhecido, mas para um futuro rigorosamente imprevisível"
Luis Carlos de Menezes
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