sexta-feira, 20 de julho de 2012

Chancela para a ignorância Alexandre Garcia



    "Um livro didático aprovado pelo Ministério da Educação promove o não ensino da língua- padrão,que todos brasileiros, dos mais simples aos sofisticados, têm direito de conhecer e usar"

        O livro e a ideia que o fundamenta começa a merecer críticas  de entidades como a Academia Brasileira de Letras e de  centena de estudiosos.Eu vejo como o coroamento do descaso da omissão, da ignorância quanto a língua e de algum laivo ideológico torto , que não consegue entender bem..Pois uma das ideias seria não submeter os alunos menos informados -isto é, os que devem aprender, como todos nós-a nenhum "preconceito" porque falam ou escreve errado.Portanto nada de ensinar nada a ninguém,ou ele se sentirá humilhado em vez de estimulado a melhorar.O mais indicado será fechar as escolas.Se devemos permanece como somos,a escola será supérflua.

   Educar é ajudar a crescer.A educação se divide em das grandes salas ligadas por muitas portas.Uma das salas se chama formação.A outra,informação.A formação ajuda o individuo de qualquer idadea moldar seu caráter e sua visão de mundo ,a se desenvolver como humano.  sicultivar valores; a observa e buscar entender  e    respeitar o mundo  e a natureza,o outro e a si mesmo;a construir o seu lugar,na terra,por mais  simples que seja.A discernir entre o certo e o errado,bom ou mal,e a curtir o belo e o bom que devem ser buscados, dentro das condições de cada um; a dar um sentido a sua vida, seu trabalho,seu convívio.A colaborar ,com esse aperfeiçoamento pessoal,para  que sua família a comunidade,o país se tornem um pouco melhores
        A outra sala do complexo da educação é a informação:onde adquirimos conhecimentos sobre ciências, arte história...e aprendamos a usar melhor nosso próprio idioma, e o que nos distingue como mais ou menos preparados.È natural que usamos roupas e modos diferentes quando estamos em ambientes diferentes.Da mesma forma , não escrevemos um trabalho escolar com linguagem válida nos torpedos ou n internet.Essa variedade se chama adequação,é essencial,é natural e enriquece a língua.
        Mas  querer  que a escola ignore que existe uma língua-padrão ,que temos o direito de conhecer,é nivelar por baixo,como se  o menos informado fosse incapaz.É mais uma vez discriminar quem não pode desenvolver plenamente suas capacidades.É esta sim,uma postura preconceituosa:os  menos privilegiados que fiquem como estão.Com o tempo isso tornará a escola dispensável, pois se ela não deve colocar à nossa disposição o melhor conhecimento em todos os campos,como direito de todos,poderá ser fechada sem maior problema.
         Talvez a adoção desse livro e dessa teoria no MEC nem tenha sido percebida,na montanha de trabalhos que ali se empilham. Imagino que dando conta do havido, as autoridades tomem as providências urgentes que saltam  aos olhos de qualquer pessoa  minimamente racional e nos livrem de mais esse pesadelo para quem acredita um pouco em educação.Oy, coroada a ignorância ,as futuras gerações , livres da escola e do dever de crescer, escreverão e falarão sempre sempre achando  naturais e boas  coisas como "os home espera" "nós achemo","as mulher precisa. (ou 'percisa" seria melhor?)

Lya Luft


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