terça-feira, 17 de julho de 2012

Pensar

 



   Mão elevada e com o punho fechado para apoiar no queixo. Olhar profundo, distante, perdido...Émuito fácil associar essa posição à um filósofo vagando entre ideias, como O Pensador,a famosa escultura de Auguste Rodin. Mas, afinal, no que o solitário está pensando?Em como pagar o aluguel, dizer àquela bonita moça que a ama ou está próximo de um insight filosófico que o faria questionar o que raios ele estava fazendo parado alí?Estaria ele em crise existencial?
    Pois é, o ato de questionar a vida pode trazer sentimentos ingratos e que  põem na dúvida pertinentes(ou aquelas nem tanto) que nos fazem parar e prestar atenção em por razão existimos. Penso, logo existo?Que nada!Penso, logo entro em crise.Afinal, quem nunca ficou angustiado com as dúvidas e mistérios da natureza humana?
     As crises existenciais não têm hora, lugar ou uma razão específica para estourar.De uma forma geral, tudo pode ser motivo para ela chagar de mansinho e se apoderar dos nossos pensamentos: uma página em branco, odiar o emprego, não arranjar uma namorada bacana ( ou até uma que não seja tão bacana assim..),uma família estranha, a aparência fora do padrão- ou tudo ao mesmo tempo.E ssas são castrações modernas suficientemente poderosas para desequilibrar qualquer cidadão.E os resultados delas podem variar entre choros parciais, choros constantes,depressão e até, nos casos extremados, suicídio.
      "Mas como ninguém pensou em solucionar isso antes"?pode se angustiar o leitor. O fato é que já se pensou , sim.Desde Sócrates, pelo menos.Tanto que o ato de filosofar surge, de certa forma, dessa premissa: a de observar, investigar e compreender toda a miscelânea de sentimentos que formam o Homem.

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