BRASÍLIA - Em poucos dias se encerrará o prazo de filiação partidária para os
interessados em disputar um cargo público em 2014. A lei determina que esse
procedimento deve ocorrer até pelo menos 12 meses antes da eleição --que será em
5 de outubro do ano que vem.
Juízes não se encaixam nessa regra. São
autorizados a escolher um partido até seis meses antes da eleição. Seria o caso
do presidente do STF, Joaquim Barbosa. Mas ele tem dito seguidamente não se
interessar por uma candidatura.
A julgar pelo cenário atual, haverá
quatro candidatos com algum grau de competitividade na corrida presidencial de
2014: Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (ainda sem partido), Aécio Neves (PSDB)
e Eduardo Campos (PSB). Em breve, o tucano José Serra decidirá se busca uma
sigla alternativa para disputar o Planalto. Joaquim Barbosa encerrará o mistério
apenas em março do ano que vem.
Tanto na configuração mínima, com quatro
candidatos competitivos (Dilma, Marina, Aécio e Eduardo), como na máxima
(incluindo Serra e Joaquim), vai se formando um consenso entre políticos
governistas e oposicionistas sobre a inevitabilidade de um segundo turno na
sucessão presidencial. É improvável que um desses nomes já conhecidos consiga na
primeira rodada de votação atingir um percentual acima de 50% mais um dos votos
válidos.
O Brasil teve, até hoje, seis eleições presidenciais nas quais
era possível haver segundo turno. Em duas delas, houve um vencedor logo na
primeira votação --FHC (em 1994 e 1998). Nas outras quatro foi necessária uma
rodada final --Collor (1989), Lula (2002 e 2006) e Dilma (2010).
No
segundo turno de 2010, Dilma contava com a popularidade de Lula nas alturas e um
crescimento exuberante da economia. No ano que vem, a conjuntura tende a ser
outra. Daí a razão pela qual essa rodada final em 2014 é o pesadelo de muitos
petistas.
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