segunda-feira, 13 de agosto de 2012
O virtual depende do material
"Escrevo sem pensar, tudo que meu inconsciente grita.
Penso depois:não só para corrigir, mas para justificar o que escrevi"
Mário de Andrade
Já é consenso dizer que a internet traz possibilidades do homem ser cada vez mais livre.Mas nem todos têm a oportunidade- ou liberdade- de clicar um mouse com tranquilidade. dados do governo federal (que prepara um programa para inserção de famílias de baixa renda no reino digital)dão conta que 79% dos brasileiros nunca mexeram num computador, e 89% nunca acessaram a internet.E apenas 14% têm contato regular com o universo da informática.Os índices demonstram que a promessa de liberdade e de diversidade oferecia pelo mundo virtual pode empacar em limitações econômicas.E o que acontece?Ao deixar de compartilhar livremente informações na era digital, continua concentrado o poder econômico e cultural.
O estado é que deve promover a inclusão digital,porque as empresas não investem devido ao custo "Os setores excluídos não tem como pagar de volta o que neles foi investido"O setor privado, quando investe é pela responsabilidade social, quando se tenta colar uma boa imagem à marca de corporação. Já Giselle Beiguelman, artista digital e professora da PUC-SP aponta a incapacidade do mercado de "fazer caridades. Sua função seria disponibilizar produtos e assistir o consumo Ela acredita que a inclusão digital é uma questão pública como por exemplo, a saúde.O direito de acesso à net deve ser encarado pelo governos como direito ao transportes e a educação É requisito mínimo para se promover cidadania, e por isso não pode estar condicionado à renda para que o apartheid em que vivemos seja minado"
O professor da USP é otimista "Quando as pessoas mais excluidas perceberem os benefícios que a net traz, e tiverem uma formação cultural e intelectual forte, o acesso delas ao mundo virtual será uma questão de tempo.Vão entrar gradativamente em contato com a Web, e isso vai possibilitar à internet ser tão democrática e plural quanto se promete"
Ainda que considere inevitável a difusão da internet, o pesquisador norte- americano reforça a importância da educação ao acreditar que para muitas comunidades é mais útil ter uma biblioteca com um bom acervo do que um centro cibernético .Sem boa educação, os internautas vão boiar no mar digital , cujo conteúdo, em sua maioria é em inglês .Com essa ressalva, Litto afirma que todos deve ser dado o direito de acessar o mundo digital, mas sem enfiar a tecnologia garganta abaixo do cidadão. "Parte da população não precisa da internet para viver bem,outros nem se preocupam tanto com ela"Antes da liberdade digital vem a liberdade de escolher viver sem a internet
Pires ,Francisco.
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berdade
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