sábado, 25 de agosto de 2012

Pequeno ensaio acerca do verbo AMAR


       /'Amo como ama o amor.Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar.Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer -te é que te amo?",


       
                                                      -Fernando Pessoa


        Amar é...Uma coleção de figurinhas dos anos 80 fez muito sucesso com essa afirmativa Amar é o que? Discorrer sobe a questão não nem de longe algo simples, qualquer divagação obre o tema permanecerá uma incógnita, o que bom,caso contrário,o amor seria desnecessário ao encanto da vida..Este preâmbulo não tem pretensão de introduzi -los na magia deste sentimento.nem também tecer todas as afirmativas a respeito da arte de amar,palavra em si produz incontáveis desdobramentos,pass´veis de reflexão, sim, mas que nada valeria sem um pulsar apaixonante nas veias.

       Segundo Aurélio:
 "Amar :Do latim amoré.Cuidado, zelo, carinho,Sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de  outrem.Sentimento e laços de família .Atração física e natural entre animais do sexo oposto.Capricho,veneração culto, adoração
Afeição, amizade, carinho e ternura."

     Ufa, quantos adjetivos tem esse tal de amor.,caminhemos em seus aforismos...
    Inicialmente nem poderia ser diferente,amar é um verbo,logo pressupõe ação,e não existe atividade sem movimento que gere mudança.Bingo!
     Na adolescência ,tão ingênua,pintamos o amor eterno,imutável,um pouco  de culpa  da literatura moderna, que sem querer lançou as bases do amor cinematográfico, que gerou filmes onde jovens amantes param na roda gigante, desejosos  que a amplitude daquele instante jamais fuja de suas mãos..
  Embora poética, a união devocional  é muito mais que isso.
       Nada no universo é eterno, nem pode haver algo que não careça de evolução..Aquilo que nascer para a vida, por ela será levado,direcionando-se pela morte da existência :crescimento sempre .A ideia de finitude é dolorosa ,entretanto , o amadurecimento prova que todo afeto precisa oxigenar-se ,e o fato de um amor dar lugar a outro não é artimanha do destino,apenas renovação.Verdadeiramente ocorre uma conjugação para as partes envolvias no "affair",aconteça isso no âmbito atrativo,nas prazerosas trocas entre companheiros,ou sob o sopro fraternal da comunhão humana.Os mais atentos perceberão uma tríade na frase anterior, ou melhor a base evolucional do amor analisado aqui.De fato o verbo amar está além do romances casuais, e a forma mais sublime de apreciá lo consiste na observação dos ciclos que o mesmo demanda  . Os atributos do amor evoluem com cuidado, para um dia transfigurar se em algo muito mais excelso, divino.. Eis uma fábula para adentrarmos ao sentido dessas nuanças.




          "Certo dia, ao atravessar um rio, Cuidado viu
           um pedaço de barro,Logo teve uma ideia
           inspirada. Tomou um pouco de barro e come-
           çou  a dar-lhe forma.Enquanto contemplava o
           que havia feito, apareceu Júpiter. Cuidado
           pediu lhe que soprasse o espírito nele.O que
           Júpiter fez de bom grado.Quando, porém
           Cuidado quis dar um nome à criatura que havia
            moldado, Júpiter o  proibiu.Exigiu que fosse
                   
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