domingo, 9 de setembro de 2012

A verdade vos libertará




   A vrdade liberta, escreveu São João Evangelista.Esse é  um conceito de grande valor que foi sendo reafirmado no decorrer da história, muitas vezes através de seu oposto,a mentira escraviza. O aforismo grego "Conheça-se a si mesmo",atribuído a diversos autores, entre eles Sócrates e Pitágoras, eternizou o autoconhecimento como uma forma de evitar reações impensadas, instintivas e violentas das pessoas, sendo portanto, um dos pilares na vida em sociedade. Aplicado às nações, o aforismo tem ainda mais um valor transcendental e que modernamente pode ser traduzido em uma única palavra- transparência. Duas iniciativas no Brasil refletiram essas noções cruciais. Uma foi a instalação da Comissão da Verdade com o propósito de investigar abusos e direitos humanos no Brasil. A outra foi entrada em vigor da Lei à informação, que torna um direito de qualquer cidadão brasileiro conhecer a verdade sobre o funcionamento dos governos em todos os níveis.
    Embora nominalmente a Comissão da Verdade tenha mandado para investigar episódios ocorridos entre 1946 e 1988,ela foi instalada com o objetivo expresso da presidente Dilma de esclarecer circunstâncias da morte ou do  desaparecimento de pessoas durante o regime militar, que se estendeu de 1964 a 1985.Dilma também foi clara em focar a  atuação da comissão no trabalho de saber onde estão os restos mortais das vítimas, de modo que as famílias possam enterrá-las e, assim, pôr ponto final no sofrimento adicional de perder um ente querido sem conhecer as circunstâncias  em que isso ocorreu.A iniciativa da presidente não é um desafio à Lei  da Anistia,que propiciou a volta do regime democrático, e portanto, visa fechar uma página da história para o  que o país siga em frente.Seu intento não é reabrir feridas que o prendam  ainda mais ao passado.Disse Dilma:"A ignorância sobre a história não pacifica pelo contrário, mantém latentes mágoas e rancores"
       A mesma busca de  transparência  se verifica na Lei de Acesso á Informação, ao fazer valer o princípio  de que na administração pública o sigilo deve ser sempre a exceção e nunca a regra.Como se sabe sobejamente, não bastam leis para acender as luzes, abri cortinas e portas no mundo oficial, mas a nova legislação de acesso à informação dota o cidadão das ferramentas capazes de obrigar as prefeituras os governos, estaduais, os ministérios e demais repartições federais a demonstrar quanto e  de que forma gastam o dinheiro dos contribuintes.Como enfatiza uma reportagem desta edição, por mais inaplicável  que pareça agora em seus primeiros dias em vigor, a nova lei é força depuradora no longo praxo.Cabe a nós brasileiros garantir que ela não seja esquecida.




Carta ao Leitor





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