sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

A leitura fora do livro



    Fora do livro há uma multiplicidade de modabilidades de leitores.Há o  leitor da imagem, desenho, pintura,gravura, fotografia.Há o leitor do jornal, revistas,. de gráficos,mapas, sistemas de notações. Há o leitor da cidade, leitor da miríade de signos, símbolos e  sinais em que se converteu a cidade moderna, a floresta de signos de que já falava Baudelaire. Há leitor expectador,do cinema, televisão e vídio. A essa multiplicidade, mais recentemente veio se somar o leitor das imagens evanescentes da computação gráfica, o leitor das das arquiteturas líquidas da hipermídia navegando no ciberespaço
     O primeiro leitor, é o da era do livro. e da imagem expositiva,das. pinturas,. mapas gravuras,partituras. É o mundo do papel. e da tela. O livro na estante, a imagem exposta à altura das mãos e do olhar.Esse leitor não sofre, não é acossado pela urgências do tempo.Um leitor que contempla e medita.Um mesmo livro pode  ser consultado quantas vezes  se queira,um mesmo quadro pode ser visto  tanto quanto possível.É o leitor que os procura, escolhe-os e delibera o tempo que desejo lhe faz dispensa a eles. Um livro, exige do  leitor a lentidão. de uma dedicação em que o tempo não conta
     O segundo é o leitor do mundo em movimento, dinâmico,que nasce com a explosão do jornal e das multidões nos centros urbanos habitados de sígnos,  com o universo reprodutivo da fotografia e cinema.É o  leitor apressado de linguagens efêmera, misturadas, cerne do jornal, grande rival do livro nasce o leitor fugaz, novidadeiro, de memória curta,, mas ágil, que precisa esquecer, pelo excesso de estímulos, e  na falta de tempo de retê-los, leitor de tiras de jornal,e fatias de realidade.
      Com a reprodução fotografica, a cidade comaça a povoar  de sígnos,  numa profusão de sinais e mensagens.Sinais para ser vistos e  decidifícados na velocidade Como orientar-se, como sobreviver na grande cidade sem  as setas, os sinais.? O   O leitor do livro  sem urgência é substituido pelo leitor movente ,leitor que se move, na grande cidade. Velociedade que cria novas formas de sensibilidade e da pensamento.
     O leitor virtual. O  aspecto sem dúvida,mais espetacular da era digital está no poder dos dígitos para tratar de  toda e qualquer informação, som, imagem, texto, programas informáticos, com a mesma linguagem universal, uma espécie de esperanto das máquinas.Graças à digitalização e compressão dos dados, todo e qualquer tipo de sígno pode ser recebido, estocado, tratado e difundido, via computador.Aliada à telecomunicação, a informática permite que esses dados cruzem  oceanos,continentes, hemisférios,  conectando numa mesma rede gigantesca  de transmissão e acesso,potencialmente .qualquer ser humano no globo Tendo na multimídia sua líguagem, e na hipermídia sua estrutura, esses sígnos de todos os sígnos, estão disponíveis ao mais leve dos truques, num click de um mouse. Nasce aí um outro tipo de leitor, revolucionariamente distinto dos anteriores. Não mais um leitor que tropeça, esbarra, em sígnos físicos, materiais, como na era o caso do leitor movente, mas um leitor que navega numa tela, programando leituras, num universo de sígnos evanescentes, mas eternamente disponíveis, contanto que não se perca a rota que leva até eles. Não mais um leitor que segue sequências de  um  texto, virando páginas,manuseando volumes,percorrendo com seus passos a biblioteca, mas um leitor em estado de prontidão, conectando-se entre nós e nexos, num roteiro multilinear, multi-sequencial e labiríntico que ele próprio ajudou a construir ao interagir com os nós entre palavras, imagens, documentação, música vídio, etc.Trata-se de um leitor implodido cuja subjetividade se mescla na hipersubjetividade de infinitos textos num grande caleidoscópico tradimensional onde cada novo nó e nexo  pode conter uma grade rede numa outra dimensão.
      Enfim,trata-se aí  de um universo inteiramente novo que parece realizar o sonho ou alucinação borgiana da biblioteca de Bebel. uma biblioteca virtual, mas que funciona como promessa eterna de se tornar real a cada click do mestre.





















    .
   
      

Nenhum comentário:

Postar um comentário