quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Sem medo de quebrar mitos



O novo livro de um dos mais polêmicos pensadores da educação no país derruba verdades absolutas sobre a sala de aula e convoca os pais  em prol da qualidade.


      As escolas brasileiras permaneceram  por séculos como uma caixa preta inviolável.Não se sabia  nem quantas delas havia no país,  muito menos o nível de ensino que ofertavam.Esses tempos de escravidão ficaram para trás desde que começou a surgir no Brasil uma profusão de termômetros para medir a qualidade da educação.-tão numerosos  que um cidadão comum se perde em meio a tantos indicadores. Não se pode culpar a pobreza estatísca, portanto pela falta de objetividade que ainda domina as discussões sobre as grandes questões. da sala de aula.O problema é outro:boa parte dos educadores preferem manter-se aferrada a bandeiras ideólogicas do passado a encarar fatos mesmo quando eles contrariam suas velhas  convicções.  O economista e articulista de Veja Gustavo Ioschpe bate nessa nova tecla em seu novo livro, O  que o Brasil Quer Ser Quando Crescer? O  que se distingue da maioria dos que enveredam por essa área é justamente a disposição de encarar os temas mais espinhosos sem se deixar cegar pelas crtezas absolutas..
      No livro ele se vale  de um arsenal de pesquisas e de argumentações coerentes para desconstruir um a um os mitos que pairam como uma camisa de força sobre o ensino brasileiro. Um deles   diz respeito à escassez de dinheiro para a educação- a raiz  de nossos males, diria a esmagadora maioria..Pois os números apresentados  por Iosghpe demonstram que o Brasil despende para a sala de aula quase tanto quanto o clube dos países,  mais desenvolvidos.   da OCDE (5, 7% em relação ao PIB nós   X 5, 8% eles, se comparados os gastos públicos.) Mas só se o investimento subir  será possível dar um grande salto  de que precisamos.E, ainda que o Brasil destine mais dinheiro, à área como está previsto, não há garantia de sucesso.Na última década , o país foi vice- campeão em aumento de recursos para educação, mas continuou na rabeira do ensino. Os reajustes no salário dos professores tão pouco se traduziram em avanços relevantes na sala de aula- nem mesmo nas escolas particulares. Um artigo expõe um dado que derruba a crença de que elas são um oásis de bom ensino : Os alunos mais ricos do  Brasil têm desempenho pior do que os mais pobres dos  paíse que estão no topo.
         Não  há nada  de mirabolante nem de tão dispendioso nas saídas sugerias por Ioschpe. Trata-se,  de uma mudança de mentalidade- a começar pelos cursos de pedagogia, que preferem perder-se em teorias obsoletas  a ensinar aos futuros mestres estratégias para a sala e aula. A experiência internacional indica que os caminhos para o êxito acadêmico passam  pelo  mais  básico: metas  de aprendizado, dever de casa,, meritocracia.  Foi assim que a China alçou seus alunos ao pódio da educação mundial, ."  Quero  romper com a idéia que está tudo bem na escola. Os pais têm o papel de cobrar avanços.'

 Monica Weinberg
























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