segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

O Brasil nem sempre esteve na moda

 

    O Brasil nem sempre esteve na moda. Tempos houve que o calor dos trópicos, a desordem das cidades, a língua aqui falada e  as expressões da arte nativa não faziam boa figura. no concerto das nações.
       Há exatos 90 anos, São Paulo viveu  um abalo sísmico com as exbições  públicas  de agitadores  que queriam nodernizar as formas da arte. As inquietações da semana da arte  moderna não deixariam pedra sobre pedra. E elas continuam a rolar, . Os autores buscam se não polemizar, ao menos exibir as singularidades do movimento. Nas Minas Gerais, a travessia reivindicava o provincialismo. No Nordeste  , José Lins do Rego cruza espadas com os paulistas. Nos círculos  intelectuais do Rio de Janeiro,  muito antes da fanfarra paulistana, as tradições já haviam  sido confrontadas..E  nada de projetos bem arranjados: a autocrítica de Mário de Andrade fala da indisciplina de "jacarés inofensivos"
       Em entrevista Eduardo Jardim filosofa sobre a Semana de 22 e sua transcendência, defendendo o "Modernismo com M maiúsculo", capaz de aproximar Euclides da Cunha, Sérgio Buarque e Gilberto Gil.
      Também foi dura a disputa para fixar fronteiras na nação.Rubens Ricupero revela toda a habilidade diplomática do  barão do Rio Branco para desenhar o mapa soberano do Brasil.
   Enquanto isso numa avenida do Rio de Janeiro cujo nome mais tarde homenagearia o barão, as lentes de Augusto Malta flagraram uma festa de rua com batalhas de flores animadíssimas, ao que parece. As fotos, segundo Fernando Gralha, refletiam a busca de um ideal cosmopolita, empurrando os populares para o papel dos espectedores
       Quando o carnaval dos abadás e das grandes escolas de samba tomar as ruas do mês, veremaos quee essa divisão entre "cartolas" e os bolsos vazios não acabou. Ainda bem que, no fim das contas, quem ganha é o mundo da fantasia, onde vale tudo.Até os  monstros.



Luciano Figueiredo










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