quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Você reconhece quando chega a felicidade?

  

   Tenho uma forte antipatia pela obrigação  de ser feliz que acompanha o carnaval.Quem
foge  da folia ganha o rótulo de antissocial, depressivo ou chato.Nada contra o carnaval. Apenas contra essa confusão de conceitos.Uma festa alegre não significa que você esteja  plenamente feliz.  E forçar  uma situação de felicidade tem tudo para terminar em arrependemento e frustação.
       Aliás voê reconhece a felicidade quando ela chega?Sabe que está sendo feliz naquele momento? Espere um pouco antes de responder.Pense de novo.
      Estamos falando e felicidade! Não de uma alegria qualquer. E qual é a diferença? Bem,descrever felicidade não é fácil. Ela é muito recatada. Não fica ali, posando para a foto, sabe? Mas um Manual de Reconhecimento  da Felicidade diria mais ou menos o sequinte:Ela é mansa.Não faz barulho. Ao mesmo tempo é farta. Quando chega, ocupa um espaço danadoApesar disso você não repara que ela está ali. Se chamar a atenção, não é ela.É euforia, alegria. A licenciosidade de uma noite de carnaval. Ou um reles frenesi qualquer, disfarçado de felicidade.
      A dita cuja é discreta Discretissíma. E muito tranquila. Ela te faz dormir melhor.E olha, vou te contar uma coisa:A felicidae é inimiga da ansiedade.As duas não podem nem ser ver.Essa é a melhor pista para o seu Manual de Reconhecimento de Felicidade.Se você se apaixonou e está naquela fase de pura ansiedade, mesmo que esteja  superfeliz, não é felicidade.É exitação. Paixonite. Quando a ansiedade for embora, pode ser que a felicidade chegue.Mas ninguem garante.
       É temperamental, a felicidade.Não vem por qualquer coisa ..E para ficar então...hi, não conheço nenhum caso de alguém que a tenha  tido por perto a vida inteira.Por issi é tão importante reconhecê-la quando ela chega. Entendeu agora a minha pergunta?
        Será que você sabe mesmo quando está feliz?
         Ou será que você só consegue saber que foi feliz quando a felicidade já passou?
         Eu estudo muio felicidade. mas não consigo reconhecê-la. Talvez porque eu seja péssima fisionomista. Ou porque ela seja mais esperta do que eu..Mais sábia. Fato é que eu só sei que fui feliz depois.No futuro.Olho para o passado e reconheço: "Nossa, como eu fui feliz naquela época"!Mas no presente ela sempre me dá uma rasteira. Ando por ai, feliz da vida e nem sei que estou nesse estado. Por isso aproveito menos do que poderia  a graça que é ter  assim,  tão pertinho, a tal da felicidade.
      Nos últimos tempos , dei para fazer uma lista  de momentos felizes.E   aqui é importante deixar claro que esses momentos devem durar um certo período de tempo. Um episódio isolado feliz- como quatro dias de carnaval, por exemplo- não significa felicidade. A felicidade, quando vem, não  vem de passagem.  Não dura para sempre, mas  dura um tempinho. Gosta  de uma certa estabilidade, a danada! O preblema é saber que ela está ali na hora que ela está ali. Mas, voltando a lista,, até que ela é longa.Já fui bastante feliz. Talvez na maior parte do tempo Mas acho que ninguém é. A lista é um grande exercício. Sabendo quando você foi feliz, é mais fácil é mais fácil descobrir porque você foi feliz. Para ser ainda mais funcional, é bom que a lista seja cronológica. Lendo a minha constato que fico cada vez mais feliz e por mais tempo.
        Será que ela está aqui agora? Não sei dizer.
        Mas a paz que desfruto agora é uma sintoma dela. E isso não tem nada a ver com a tal obrigação de ser feliz  desfilando no Sambódromo. Continuo meus estudos. Já tenho certeza de que hoje sou mais amiga da felicidade do que jamais fui em qualquer tempo.

     Ana Paula Padrão
   





















     

Nenhum comentário:

Postar um comentário