terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Separação, o drama de todos

  "Se a separação dos pais pode resultar em crescimento e multiplicação de afetos, com boas lições de vida, pode também causar muita desagregação e infelicidade, muita solidão."

    Sempre fui favorável a não se curtir sofrimento inútil em longos casamentos nos quais em lugar de carinho e parceria imperam frieza  e -  ficar juntos, pelo mal que causam. Na realidade da vida , numa sociedade em que as separações se banalizam, como se as emoções humanas tivesse deixado de vigorar, toda separação abre  em pais e filhos feridas que podem não se fechar nunca mais, e que não precisaria ser assim.
       Quando  é uma solução inevitável, e melhor conflitos graves, com todas as mudanças impostas na vida dos filhos, que não estão se separando, não querem se separar de nenhum dos pais
       nem mudar de casa, quem sabe de cidade-pode ser unicamente um mal.Propicia um exercício de novos afetos,  de compreenção e tolerância ,  também da parte dos filhos de qualquer idade com relação aos adultos
      É verdade que aceitar que o pais já não moram juntos, que temos que nos separar de um deles,  a quem veremos , talvez, em dias marcados e enfrentando, cara a cara ou de maneira surda e entediosa, a raiva e os rancores do casal que se separa, há de ser muito duro, triste e marcante na alma dos filhos sobretudo se a separação for marcda de violência, perseguição, desejo de vigança.Existem os casos brandos que apesar das dificuldades,  o casal procura se separar com civilidade e compreenção.não fechando para os filhos a porta do amor ao pai  ou `a mãe.ensinando a respeitar o novo parceiro ou parceira deles:essa  parte mais difícil de todas em qualquer separação pois as escolhas são sempre dos pais e não dos filhos: separar-se, assumir um novo parceiro ou parceira, que possivelmente trazem seus próprios filhos, tentando criar um novo tipo de relacionamento e forçado convívio., há de ser uma difícil  e dolorosa gangorra emocional.Se pode  resultar em crescimento e multiplicação de afetos, com boas lições de vida, pode também causar muita desagregação e infelicidade , muita solidão.
  Não há receita para não pejudicar os mis importantes laços de qualquer pessoa  no caso da separação
e nem espaço para julgamento. Lembro -me da velha  fómula estradas de ferro .: parar, olhar, escutar... a alma do outro também. Novas pessoas estão envolvidas, novos feixes de emoção, novas tendências genéticas  e conflitos psíquicos por vezes antigos, velhos costumes  que agora se  envolven  ou   enfrentam estreitamente. É preciso conviver, e não machucar pessoas amadas.Culpas infundadas crescem como cogumelos, buracos traiçoeiros podem se abrir no chão  fundamental sobre o qual caminhamos: o convívio natural, a família.As responsabilidades são enormes, e as tempestades do momento podem nos fazer esquecer isso, em casos que envolvem tantos problemas e dilemas. Tudo é um tatear no escuro da floresta das humanas necessidades e aflições.  Num contexto de convívio e ruptura, no meio dessa tempestade por vezes longa, esperam-se posturas evidentes, mas nada fáceis: bom senso, bondade, capacidade de entender e observar, e desejo real de, apesar dos fatais desacertos, buscar para si e para os outros envolvidos o sofrimento menor.


   Lya Luft

















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