sexta-feira, 28 de junho de 2013

A fome tem solução



  O problema maior da criança brasileira, não é o analfabetismo, mas a fome e a desnutrição. Não a fome de ausência absoluta de alimentos, que mata, mas a fome crônica, fisiológica, pela alimentação deficiente, que gera a desnutrição. Pior que morrer de fome, é viver com fome.
     A desnutrição atinge milhões de de habitantes, no mundo em desenvolvimento. O problema mais grave  está na infância. Após o nascimento, o cérebro cresce em ritmo bem mais rápido do que o corpo.,
   Aos três anos, de idade, já atinge 90% do seu desenvolvimento, e o restante do corpo, somente 20% É inevitável, portanto, se chegar á conclusão de que o cérebro humano é mais vulnerável a uma deficiência de nutrição no primeiro período de vida.
    Crianças oriundas de mães desnutridas, e que não recebem aleitamento e alimentação adequada nos primeiros três anos de vida, não poderão atingir o potencial genético e seu desenvolvimento físico e, o que é pior, terão prejudicada sua capacidade e aprendizagem e compreensão.. Toda a vida pode ser condicionada, em grande parte,   pela nutrição recebida pelo organismo, durante esse período.
    Existe no mundo milhões de crianças subnutridas e milhões morem por desnutrição.
    Nos países em desenvolvimento , metade das crianças com menos de cinco anos é malnutrida e grande parte está condenada  à morte prematura.. Entre os sobreviventes, a maioria por falta de proteína não poderá desenvolver, normalmente o cérebro.
    No Brasil o problema é idêntico.. Somos  o décimo sexto país da América Latina em índice  de sobrevivência até o quinto ano de vida. Quanto a alimentação somos um dos mais afetados, pela desnutrição  estamos juntos com países paupérrimo  como  Equador,, Etiópia, e outros.
    Nessas crianças desnutridas será, grande o potencial de deficiência física e mental: anemia, raquitismo, cegueira, e crescimento. É o desperdício de cérebros, em que gênios em potencial se transformam em marginais, e indivíduos de capacidade física e intelectual limitada..
      Sabe-se que a população atingida  por essa queda de proteínas é a camada,  menos favorecida que quase não se  alimenta, de carnes,, leite, ovos, e se alimenta quase que exclusivamente de  amiláceos. par esse indivíduos , a escola terá pouco valor. A capacidade e aprendizagem , é quase nula, e a apatia, generalizada..
     A exemplo da alfabetização de adultos, inócua quando se permite o  crescimento do número de crianças sem escolas,, será quase impossível querer instruir e preparar   para o trabalho especializado crianças deficientes e carentes. .É nestes mesmos indivíduos ,quando  adultos,  destinado ao trabalho  não´- especializado e braçal, não terão um rendimento eficaz sob a dolorosa  ação da fome. Arroz, feijão e abobrinha não são combustível para o trabalho.. O trabalho cerebral exige proteínas.
     Apesar da produção de  milhões de tonelada de  grãos , nosso povo passa fome. Não só no pobre Nordeste, mas também nas favela,  cariocas e paulistas. Nosso operário  tem vergonha do conteúdo que carrega  diariamente  em sua marmita.

   Hugo Prata Folha de São Paulo





















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