sexta-feira, 14 de junho de 2013

Saudades



     Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.
     Quanto vejo retratos, quando sinto cheiros, quando  escuto uma voz, quando me lembro do passado eu sinto saudades.

    Sinto saudades das pessoas que nunca mais vi , de pessoas com quem não mais falei e cruzei.
    Sinto saudades da minha infância, do meu primeiro amor, do meu segundo, do meu terceiro do penúltimo, e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser.
    Sinto saudades do presente,, que não aproveitei lembrando do passado, e apostando no futuro.
    Sinto saudades do futuro quer se idealizado, provavelmente  não será do jeito que eu penso que vai ser....

    Sinto saudades de quem me deixou, de quem eu deixei,
    De quem disse que viria e nem apareceu
    de quem apareceu correndo ,sem  me conhecer  direito
    de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.

    Sinto saudades dos que se foram, e de quem não me despedi direito
    Daqueles que não tiveram como me dizer adeus
   De gente que passou na calçada contrária da minha,
   e só enxerguei de vislumbre.

  Sinto saudades de coisas que tive, e de outras que não tive ,mas  quis muito ter.
  Sinto saudades de coisas  que nem sei que existiram
  Sinto saudades de coisas sérias coisas, hilariantes  de coisas de experiências.
  Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia,
  e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer.!

  Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar!
  Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar
  Sinto saudades das coisa que virei e das coisas que deixei passar
  sem curtir na totalidade.

  Quantas vezes tenho vontade de encontrar  não sei o que
  nãos sei onde, .para  resgatar alguma coisa que nem sei o que é, e nem onde pedi

E é por isso que tenho mais saudades.
Porque encontrei uma palavra
para usar todas as vezes, em que sinto este aperto  no peito
meio nostálgico, meio gostoso
mas que funciona melhor de que um sinal vital
quando se quer, falar de vida e de sentimentos.

 Ela é a prove inequívoca
de que somos sensíveis!
 De que amamos muito
 o que tivemos
 e  lamentamos as coisas boas
 que perdemos ao longo
 da nossa existência.

 Clarice Lispector




























  















Nenhum comentário:

Postar um comentário