quarta-feira, 1 de maio de 2013

Reitores mandam no ensino médio

       


      Nosso ensino médio, após várias décadas de letargia, começa a ser visto como um pantamal de problemas  e contradições.Aleluia! Trata-se de um ciclo copiado pela França do pós-guerra,quando apenas 5% da faixa  etária correspondente freguentava uma escola média. Lá , era o topo da elite. Enquanto o médio basileiro permanecia minúsculo e atendia, sobretudo, ás ínfimas   elite, e mal e mal, os alunos davam contam do currículo enciclopédico. Mas nas últimas décadas explodiu a matrícula, o ensino ficou cada vez mais  aguado e congestionaram-se os currículos e ementas. É o pior dos mundos;a escola ficou pior, os alunos são repados do fundo do taxo o currículo é para gênios.
       Copiar a high school americana significa oferecer centenas de disciplinas dentro de uma escola única, para onde acorrem todos os alunos.
           Diante desse cardápio, cada aluno constrói o seu currículo.A iéia não é economicamente viável no Brasil e anda na contramão  da nossa cultura. A solução clássica europeia é oferecer escolas de diferentes modelos, de acordo com o perfil e o gosto do aluno. Umas mais voltadas para preparar para o trabalho, outras para a universidade.E mais as soluções híbridas.Nossa esquerda engasga e protesta contra o elitismo de criar uma "escola de pobres" e uma de "ricos"-  apesar de a Europa ser a regiãode menor desiguadade econômica e social. Independentemente do que possa vir à ffrente e com mais ambição,resta uma solução fácil e amplamente testada.Trata-se de voltar a ideia de um mdelo parecido  com o que tínhamos no tempo do clássico, científico e comércio.É algo similar ao modelo Francês,oferecendo vários" sabores"de baccalauréat: humanidades, ciências biológicas, matemática, e assim por diante A Agentina tem algo parecido.Isto permite aos alunos estudar mais aquilo   de que gostam  ou  que querem, além  de avaliar a avalanche  currucular do presente.É uma solução simples,  realista e próxima do que já tivemos. No nosso caso, como o Enem tem quatro disciplinas, séria óbvio pensar em quatro vertentes..Essa solução funciona sem mudanças de corrículo ou legislação .Mas ficaria  ainda melhor se  fosse possível desvencilhar-se dos  currículos excessivos e impositivos, Se isso acontecer, poderão aparecer trajetos  mais práticos para quem não se interessa pelo superior e quer um programa  em linha com seus planos de trabalho .As  matérias do ensino técnico  também  pode substituir as do médio regular, fazendo com que tenha a mesma carga horária total. Contudo os alunos que cursaram uma escola assim  diversificada terão  uma surpresa desagradável no vestibular das universidades públicas, pois estas  consideram  apenas as médias das quatro disciplinas testadas no Enem. Quem estudar  em uma alternativa com pouca matemática ou pouco português- será severamente punido no processo de seleção.  O vestibular  presente estraçalha os sonhos de diversificação do médio- tal como existe  em todos os países avançados.
          Não é de hoje que os vestibulares das universidades  públicas determinam o funcionamento das escolas de nível médio. Essa proposta simples e exequível torna-se a letra morta diante dos vestibulares que ponderam igualmente as médias das quatro disciplinas. Faz parte da solução ter vestibulares dando mais  peso ás disciplinas correspondentes à área escolhida pelo aluno. Se for ,assim, as escolas  de  espontaneamente se bifurcarão segundo  os quatro grandes troncos ..Contudo, as instituições de nível  superior, mesmos federais, têm todo direito de determinar seus critérios de acesso .Em última análise, é uma reforma fácil conveniente e bem testada. Só que não depende do ministro ou dos secretários. mas das universidades públicas. São elas que mandam nos vestibulares. Mas, em se tratando  de uma ideia que traz muitos avanços e poucos senões, será que não poderíamos contar com a ajuda  dos reitores? Por outro lado, o MEC tem meios de persuadir as universidades a andar nessa direção.   

      Claudio de Moura  Castro



         
























Nenhum comentário:

Postar um comentário