segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

A lição da da vida severina



    O retirante  Serevino, vindo do interior de Pernabuco chega desiludido  a Recife e encontra com o "mestre carpina', um morador dos miseráveis mocambos dos arredores da cidade O retirante indaga  ao mestre se não seria melhor  pôr fim a vida, atirando  ao rio,. A resposta do mestre é apontar  a própria vida: a de um   filho recém -nascido. mais um infeliz  filho da miséria.  A vida vista como um espetáculo que atrai e encanta o olhar...A vida, que por vezes permanece por um fio, prossegue como um milagre..."Brota" como a planta, a flor; une o homem a natureza, apesar da seca do NordesteA vida, como a daquela criança franzina, que explode por si mesma e nos comove, e nos enche de novas esperanças....
      Contém  uma imensa caarga de conformismo com a vida de sofrimentos dos que vivem abandonados à própria sorte sob a opressão dos mais fortes.Mas o mestre carpina, não teve palavas de revolta. diante daquela criança, seu filho, viu no "espetáculo da vida",  um motivo de encorajamento,  um estímulo para continuar  vivendo, apesar de todas as desgraças O meste extasia-se diante da explosão da vida, daquele milagre de a  vida gerar própria vida.É a resposta que ele dá  à pergnta de Sevirino, desesperado de viver.
       O ser humno é bom.Especialmente o ser humano desprezado, humilhado,violentado. Não é no rico,  no burguês, no capitalista gordo e bem- vestido que encontramos a imagem da bondade, da abnegação, da solidariedade. Quem socorre é sempre o mais humilde, ele próprio devia ser socorrido .Quem estende a mão e divide o pouco que tem não é o que possui tesouros em propriedades ou moedas ou papeis na Bolsa, mas  o que, como a viúva do Envangelho, tem apenas algumas migalhas e quer reparti- las com quem nada tem. Essa é a lição dos mais humildes, a lição de bondade e de humildade dos pobres severinos.

    

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