quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
O altruísmo e o pensamento a longo prazo ainda têm lugar no mundo contemporâneo
Um grandioso e raro epetáculo da natureza está em cena no Rio d Janeiro, Trata-se da floração de palmeiras ou palma talipot, no Aterro do Flamengo
Trazidas pelo paisagista Roberto Marx, elas florecem uma única vez na vida, cerca de cinquenta anos depois de plantada.Em seguida,iniciam um longo processo de morte, período em que produzem cerca de uma tonelada de sementes.
Quando Marx plantou a planta um visitante teria comentado. " Como elas levam muito tempo para florir, o senhor não estará mais aqui para ver" o paisagista, com mais de 50 anos, teria dito:
Assim como alguém plantou para que eu pudesse ver, estou plantando para que os outros possam contenplar."
Onde há pensamentos a longo prazo, dificilmente pode haver um senso de destino compartilhado, um sentimento de irmandade, um impulso de cerrar fileiras, ficar ombro a ombro ou marcar no mesmo passo. A solidariedade tem pouca chance e fincar raízes. Os relacionantos destacam -se sobretudo pela fragilidade e pela superficialidade.
A cultura do sacrificio está morta .D eixamos de nos reconhecer na obrigação de viver em nome de qualquer coisa que não nós mesmos.
A imagem de abnegação fornecida pela palma talipot, que, de certo modo, " sacrifica" a própria vida para criar novas vidas., é reforçada pelo altruísmo de Marx que a plantou, não para o seu próprio proveito, mas para os dos outros..Em contraposição, o mundo atual teria escolhido o caminho oposto.
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