terça-feira, 2 de outubro de 2012

A elegância romana



     "A questão é que, para ser elegante ,é preciso saber o que se é."

           A elegância romana quer saber da elegância soteropolitana .Do politano
de Sotero,Salvador.Como é,lá,o atributo de ser eficaz e simples?Como é, lá,
a graça de ser,sem dificuldades?A questão é que, para ser elegante, é preciso
saber o que se é.É preciso perguntar e ter a possibilidade de respostas múltiplas
e caminhos e  multíplices. Somos americanos? Somos jovens  demais?Somos
religiosas em excesso?Somos hedonistas máximos abaixo da linha do equador?
Somos profissionais? Promissores? O que somos?O que já não conseguimos ser?
O que queremos ser?
      Se soubermos, poderemos organizar os desejos individuais,geralmente
pequenos,possessivos ,geralmente dos tamanhos dos egos que se amam
e se admiram apenas porque  existem, mas não conseguem flamejar sozinhos.
Só  as suas somas criam brilho coletivo quando eles se permitem juntar
pensamento num todo.Por isso,somos  responsáveis pela sociedade que
ocupamos.
        Pelas ruas que dói  a alguns olhar, e que outros nem veem.Ou optam
por não ver.Pelo que se passa com o cofre onde é guardado o dinheiro
comum para as despesa comum.Pelo que é criado, deixado de criar ou
destruido .Pelo que se produz e pelo que se deixa.Pelo que se ganha e pelo
que se perde.Uma sociedade não pertence a um governo.Pertence a si.
E precisa desejar e executar seus quereres.A desigualdade é desajuste do
querer.A ignorância.O desperdício.A burocracia.
     Há pessoas elegantes e pessoas enfeitadas, advertia Machado.Não
estamos elegantes,e abdicamos do enfeitamento.Estamos sem pele em pele
de tartaruga.Há excesso de arrogância e desmazelo,antônimos da elegância
E um campo e batalhas permanentes.De guerras eleitorais .De luta pelo poder
como objetivo final.Mas o objetivo final do poder é o que se faz com ele
quando se tem o poder.Ou o poder é de interesse coletivo ou é apenas uma
aquisição individual.De tirano.De um partido.De interesses possessivos.
O uso de pronomes pessoais ,possessivos,meu, minha, meus, minhas ...faz
da Soterópolis ,da pólis de São Salvador da Baia de Todos -os- Santos,
uma sociedade deselegante.

   Aninha Franco







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