terça-feira, 23 de outubro de 2012

Divagações sobre redes sociais e o sonho


O homen sempre usou a fantasia, na sua função de narrativa social,como uma maneira de olhar no espelho,e entender o mundo á sua volta e sorbetudo de compreender o que esse mundo está fazendo conosco
       Diferentes mídias foram  sendo utilizadas nessa narrativa social,e acordo com as tecnológias disponíveis em cada período da história: nos relatos orais que depois, acredita-se,foram transformados em poesias de  Homero,.nas tragédias, e nos folhetins, nos romanes populares, no cinema, a televisão e agora nas redes sociais.
     Há exemplos bastante cristalinos desse tema:Jorge  Borges disse  que os" Westerns" no cinema desempenhavam,na primeira metade do século \X X o  mesmo papel que as tragédias do mundo clássico. Leonard afirma que a função da literatura  noir, a partir da década 50,é também correspontenteà das tragédias de Shakeaspeare.Agora, ficconista Ricardo Piglia , disse que as redes sociais teria hoje o papel dp romance popular do século XIX. Ele disse: somente quando uma mídia se torna obsoleta para  a função de narrativa social é que tem a possibilidade de renovar e de se sofisticar como linguagem artística, como aconteceu com o teatro,cinema e agora com as séries da tevê.Razão pela qual as séries americanas adquiriram tanta qualidade nos últimos tempos.
      Seria então a função da narrativa social algo imitador para as mídias/ É difícil acreditar nessa hipótese, já que tantos artistas,  de Sófoles a Crumb,a trabalham e ainda trabalham- tão bem, em diferentes formas de manifestações artística.
      Mas, o assustador na teoria de Piglia é pensar que a narrativa soial nas redes cibernéticas tenha o mesmo valor floretinesco que já teve em outras mídias.
       Está certo que os dramos são mesmos são o de sempre:crtica,ao sistema, aos valores, amores impossíveis, flertes, traições, perdas e revoltas.
      O espantoso é pensar que esses mesmos dramas sem a abordagem fantasiosa que lhes era características nas outras mídias , sem os personagens fictícios e sim com personagens de carne e osso, usuários reais das redes que, sem pudor expõem sua privicidade com o mesmo prazer que bísbilhotam a vida alheia.
    É um" folhetim"sem mistério  e sem emoção, banal, mas com um apelo inegável: a vida dos outros e a realidade crua, tal como a vivemos.
     Um folhetim sem o seu ingrediante mais fundamental , a fantasia ou pior ainda, um espelho que mostra uma faceta assustadora da mordenidade: o homem que se diverte olhando suas próprias  víceras e sua falta de sentido.

    Patrícia Melo
















     
     

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