sexta-feira, 19 de outubro de 2012

O desencanto da máquina



     O homem de ontem era o homem- vida. O homem -esperança.O homem calmo , das longas distâncias, do convívio exterior, da vida pacata.Respirava. Sorria. Cantava...e amava.Seu mundo era tudo.Além do horizonte, não se interessava.Vida livre, integrada na natureza.Olhava ao seu redor e via flores, pássaros, gente.Tudo era vida, e ele era a vida..
      Porém tudo muda.O homem de hoje é o homem- homem. Sem sentimentos. Só razão.O homem - barulho . O homem - buzina. O homem que acorda respirando poluição e dorme com ela.É o homem que sonha  com o campo e passa seus dias no tráfego louco das ruas congestionadas. É o homem -telefone, televisão, comunicacão. É o homem calado,parado sozinho.É o  que ama a criança, e toma a pílula. O homem sem tempo, de tempo contado O homem -relógio.
     E o homem do futuro? Será o homem máquina.Que falará por -equações matemáticas.Que nao sentirá, não pensará; só fará cálculos.O homem que já se terá esquecido há muito das flores. O homem que terá tudo que desejar, atravês de botões, de computadores."Filhos de olhos azuis, louros, cérebro superlotado?Estão na pratileira número três". Será o homem futuro.Aquele com qual o antigo sonhava,o moderno está criando e a máquina substituirá...

        (Nádia Capetini....)

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