sexta-feira, 26 de outubro de 2012

A fantástica vida dos seres


    Nascemos e vivemos neste misterioso e colorido mundo,repleto de tanas coisas e pessoas. Como é importante a presença de todos esses seres  em nossa vida!Nossos sentidos tateiam, procurando  mun descobrir o mundo.Cada objeto é um sensacional achado, cada pessoa é um ser fantástico.Os sentidos se alargam e por eles as imagens dos seres se fixam indelevelmente  na alma. Nossa memória  é um arquivo infindável, maior do que qualquer banco de dados do mais possante computador.Milhares de fotografias de coisa vistas  e pessoas conhecidas  encontram lá em seu lugar guardando lembrança vividas.As coisas eram coisas:depois do nosso inefável contato com elas, não são coisas, são símbolos pessoais, afetivos que registram e reinventam parte de nossa vida . As pessoas eram pessoas: após convivermos com elas não são mais pessoas, são entes recriados,ligados a nós como irmão.
         Por isso, há uma diferença intransponivel entre os seres e as pessoas em sua objetividade,em sua distância e as coisas e as pessoas que participam de nossa convivência. Uma rosa  é uma rosa: mas aquela rosa que o noivo ofereceu a sua amada, ao despedir-se no cais, é muito mais que uma rosa.O quarto em que você nasceu,naquela casa distante,não é apenas um quarto comum; revendo-o você ingressará num palácio de sonhos que despertarão a sua chegada. Aquele livro que você quarda  entre milhares  na velha estante não é só um dos muitos volumes; ele é especial, pois, você o recebeu do falecido autor, que ali permanece vivo na quase apagada dedicatória. Para a Pessoa, o Tejo era um belo rio, mas jamais tão belo quanto quanto o feio córrego de sua terra.Para Magritte, aquele cachimbo é um pedaço da alma do artista que ele universalisa para todo e sempre e para todas as retinas.Tal a relatividade das coisas.Humanizadas no todo e sempre  para todas as retinas .Humanizadas no contato com o homem ,reinventadas nos artistas,elas condensam a experiência vivida de todo os homens,séculos afora.Nada é , portanto, ilusão, na verdade relativa das coisas. Tudo existe ligado essencialmente à vida  do homem no mundo

     (lldefonso Meneses)

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