quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Bruxos, vanpiros e avarentos

Cibernéticos e virtuais nadamos num rio de novidades e nos consideramos mordernissímos. Um turbilhão de recursos trazidos pela ciência, tecnologia, nos atrai e nos confunde.Se somos mais velhos, nos faz crer que jamais pegaremos esse bonde.- embora ele seja para todos que se dispuserem a  nele subir não necessariamente para ser campeóes ou heróis.
          A tecnológia abre territórios fascinantes, e ameaça nos controlar:se pensarmos um pouco sentiremos medo. O que mais vem aí, quando podemos lidar com essas novidades,sem saber direito quais sáo as positiva, quando servem para promover progresso ou para nos exterminar ao toque do botão de alguém demente do poder?Exageradamente entregue a esses jogos cada dia inovados, vamos nos perder na nossa natureza real, o instinto?Viramos homens e mulheres pós- modernos, sem saber o que isso significa;somos cibernéticos,twitteiros e blogueiros, mas não passamos disso.E, se não formos muito equilibrados, vamos nos transformar em hackers, e o mundo que se exploda.
       Não vamos regredir: a  civilização anda segundo seu próprio arbítro. Mas, como quase todas as coisas,criam ambiguidade pelo excesso de abertura e  pelo receio diante do novo., que precisa ser domesticado, para ser tornar novo servo útil. As possibilidades do mundo virtual são quase infinitas. Sua sedução é intensa.Nesse mundo divuso somos quase onipotentes, sem maior responsabilidade, pois cada açõa nem sempre corresponde a uma consequência
       Relacionamentos pesoais  começam e terminam bem ou mal esse campo virtual.São muitos diferentes do mundo real ,dos bares, festas trabalho faculdade e escola.Para as crianças esse universo intenso e invasivo pode ser uma grande escola, um mestre inesgotável, um salão de jogos divertido em que elas se sentem a vontade sem limites dos adultos.Mas pode ser a entrada dos pedófilos, a alcova dos doentes, ou a passagem sobre o limite do natural e lúdico para o obcessivo e perverso.
         Como quase tudo nesse mundo nosso duplo é gume:comunicar-se  é positivo,mas sinais feitos a sombra, sem verdadeiro nome, sem rosto pode acabar em fantasmatícas perseguiçõese males.Enquanto estamos espertos e velozes no compudador, criando mundos virtuais, jogando jogos cada vez mais complexos buscando o nevoeiro desse anonimato e na época das maiores invenções,  curtimos voar com bruxos em suas fassouras, namorar vampiros e inventar avatares  que vão de engraçados a sinistros.
        Estimulante,  múltiplo, tão rico , resta saber  o que vamos fazer neste mundo novo- ou o que ele vai fazer de nós. Quando soubermos, estaremos afixados nele como borboletas presas com alfinete debaixo da tampa de vidro ou vaga-lumes em potes de geleia vazios, naquelas noites de verão quando a infância era apenas  aquela, inocente, que ainda espia sobre nossos ombros.
     Lya Luft






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