O sexo triste dos jovens

   O sexo (ou simulacro de sexo) sem encanto, sem afeto,sem tessão, ao qual  são coagidos pré- adolescestes, quase crianças, em famílias de classe média e alta.Essas que pensamos estar menos espostas às crueldades da vida.
      Talvez eles não precisam comer lixo, correr das balas dos bandidos, suportar brutalidades e incestos, tanto quanto os mais desvalidos.Seu mal vem sob outro protesto: o de ser moderno e livre, ser aceito numa tribo, causar admiração ou inveja.Cresce o número de meninas de 12 a 14 anos gravídas.O impensável ocorre muitas vezes em festinhas nas quais se servem bebidas  alcoólicas (que elas tomam ,ou pagariam mico diante das amigas, e com essa desculpa convencem os pais confusos), não há nenhum adulto por perto (seria outro mico, e assim elas chantageiam oolar.s pais omissos), e ninguém imaginaria o que ia rolar.
          Nessas ocasioões pode rolar coisas assombrosas sob o signo da falta de informação, autoridade, e ação paternas.Nm sempre, mais acontece. Crianças bêbedas no chão do banheiro de clubes chiques,
adultos cuidando para não sujar o sapato no vômito . Ambulancia na porta , porque algumas dessas  meninas ou meninos passam mal de verdade; quantas meninas consigo beijar na boca numa festinha dessas?Em quantos meninos consigo fazer sexo oral? Sexo que vai congelando as emoções ou traz uma doença venéria, que sabe uma absurda gravidez- interrompida num aborto, de sérias consequências nessa idade, ou mantida numa criança que vai parir outra criança.
           "Roubaram a sexualidade desses meninos" me diz uma terapeuta Não deixaram tesão nem emoção, mas uma espécie de agoniado espanto , nessas criaturas inexperientes que descobrem seu corpo da pior maneira ou aprendem a ignórá- lo, estimuladas ou coagidas por incredubilidade ou fragilidade familiar, pelo bombardeio de temas  escatológicos que nos assola na TV e  na internet, con cenas grotescas, gracejos, grosseiros em torno do assunto- "valores e pudor" palavras  hoje tão arcaicas. Efeito da pressão de uma sociedade imbecilizada pela ordem geral de que ser moderno é
libertar-se cada vez mais, sem saber que dessa  forma mais nos aprisionamos.Precisamos estar na crista da onda em tudo, tão longe ainda da nossa vida adulta: sendo as mais gostosa e os mais espertos, desprezando os professores e iludindo os pais, sendo melancolicamente precoses e em alguma coisas  tão infantilizados e ignorantes em outras, nisso incluindo o nosso próprio corpo, emoções,saúde,e vitalidade.
          A nó,s adultos cabe  não desviar os olhos, mas trabalhar na esperança de que nossos adolescentezinhos, viva de maneira natural esse delicada fase, e um dia conheçam o sexo  essas ccom ternura,na tesão de sua idade- forte e boa, imprevista e imprevisivel com seu grão de medo e perigo, beleza e segredo.Que essas criaturinhas sejam mais imformadas e mais conscientes do que , muito mais protegidas que elas, nós éramos. mais seguras e saudáveis, não precisando lesar sua bela e complexa intimidade com tamanha violência mascarada de liberdade ou brincadeira. Sobretudo, sem serem estimuladas a lidar com algo que pode lhes causar traumas profundos, ou anular  um aspecto muito rico de sua vida. é dificil, mas a gente precisaria inventar um movimento consciente, cuidadoso, responsavel, contra essa onda sombria que quer transformar nossas crianças em duendes pornográficos ,  deixando feias cicatrizes, e fechando boa parte do caminho do crescimento e do aprendizado amoroso.

     Lya Luft