quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Toda forma de amor valerá a pena se houver desejo e individualidade



    Não importa  qual é o modelo de relação. Cada encontro amoroso estabelece seus próprios códicos de convivência e o importante é que os envolvidos se sintam confortáveis com esses códicos. O que estraga um relacionameto não é o seu formato, mas o excesso de expectativas e a insistência de certos parceiros em responsabilizar o outro por sua felicidade- ou infelicidade.



      Diante do sucesso de um personagem  da novela com três esposas e da realidade que mostra tantas mulheres e homens que insatisfeitos em sua relações, estão indo à luta em busca de novos "ares" relacionais, me pergunto:o modelo de casamento que conhecemos está em desuso?Não sei. O que posso dizer com certeza é  que o nó dessa questão está nas espectativas que cada um coloca nas relações,desde o início delas.
        É muito comum que um dos parceiros  ou os dois veja o casamento como remédio para tudo.Algo com a capacidade de nos definir, de nos dar motivo para nos livrar da solidão Pode até se tornar verdade, mas é preciso muita consciência dos envolvidos até que chegue lá.Um dia o   ecasamento que comecou muito feliz pode acabar.
        Como evitar isso?  Cuidado para que a união não impeça ou cerceie o crscimento pessoal de ninguém, pois uma relação por mais feliz que ela seja, será sufocada se os parceiros  não conseguirem respirar.
        O erro começa no momento que a pessoa pergunta "O que levando do meu casamento?' em lugar de "O que eu trago para o meu casamento?" Refiro -me as contribuições pessoais que oxigenam a vida a dois.Um  não pode responsabilizar o outro pela sua felicidade e realização (ou fracasso) pessoal.
          O filósofo Aristóteles disse que "a felicidade é a finalidade da natureza humana."Pura verdade! Mas ela começa dentro da gente. Pode até completar no outro, mas nunca depende dele.
            Todos precisamos de um porto seguro- e isso podemos encontrar no casamento-mas daí a transformar o encontro amoroso em um" cobertor que dá segurança" e arrastar esse cobertor conosco, sempre com medo de perdê- lo, há uma longa distância.
         A pessoa com quem nos relacionamos é importante, claro. E é fundamental que haja uma integração muito forte com ela, além do amor.Inclui a a compreensão e a admiração
mútuas, cultivadas com muitas conversa.
           Quando o amor já não for tão ardente é essa troca que vai prevalecer.
           Por isso, antes de pensar se o casamento segue o modelo tradicional ou não,devemos procurar:
                   1-Entender que cada encontro estabelece seus próprios códicos  de convivência e o que é mais importante que você se sinta confortável dentro dele.Dane-se se não está agradando aos outros.
                   2- Buscar equilíbrio  primeiro entre nós mesmos. Depois, vem o compromisso com o outro (não com a sociedade,cabe ressaltar, mas com o nosso parceiro ou com nossa parceira).
                  3- Lembrar que ningum é infalível e que, mesmo amando, podemos machucar. Nos momentos de crise, vale pensar no que as cicatrizes  poderão nos ensinar. É isso,que  vai pesar nos rumos da  relação.
                  4- Não cultivar expectativas en relação ao parceiro que não corresponda à realidade.Assim, se houver uma decepção, ficará amainada a culpa que poderemos sentir por acreditar que fizemos uma escolha errada.
                 Tomados esses cuidados,qualquer maneira de amor- ou de casamento- vale a pena.Quando aquilo que a mente pensa, a língua fala,  o coração pulsa  e o corpo sente e traduz em desejo não importa mais nada.
                                       Marcos Ribeiro

































Nenhum comentário:

Postar um comentário