terça-feira, 6 de novembro de 2012

Crucificar Monteiro Lobato?




     No curso de uma vida somos submetidos a muita insensatez e tolice. Nem tudo é Mozart ou Leornardo da Vinci, carinho de amigos e filhos abraços de pessoas amada.Então, a gente vai ficando calejado, para não expor demais a alma como alguém a  quem retirram a pele, e a quem a mais leve, a mais doce brisa parece um fogo cruel. Li  em mais de um jornal que querem banir das escolas um livro de Moteiro Lobato, porque alegadamente contem alusões racias.
       Eu fui nutrida e alimentada na minha infância por obras de Monteiro Lobato. Narizinho e Pedrinho moravam no meu quintal. Emília era meu idolo, irreverente e engraçada.Dona Benta  se parecia com uma de minhas avós e tia Nástacia era meu sonho de bondade e aconchego.
       Toda essa introdução é para pedir às autoridades competentes: pelo amor de  Deus, da educação e das crianças, e da alma brasileira não comecem a mexer com os nossos autores sob essa desculpa malévola de menções a racismo.
         Com esse procedente, vamos "limpar",deformar muitos livros.Japoneses, Italianos, ´índio, e negros (ou não posso mais usar essa palavra?)Sofrem ou podem sofrer ataques racistas. Isso é motivo de penalidades da lei para racistas, se for o caso.Racismo eu sei dói.
          Mas por isso vamos cavoucar em livros e história e banir os autores--o que só admite em casos de repugnante racismo, não importa  contra que  raça  for,diga-se de passagem? Essa planta rasteira que vai contaminar nossa cultura, tem que ser cortada pela raiz.Ou caça âs bruxas vai se disseminar feito peste, pois é uma peste,iniciando um processo multiplicador de maldades comandadas por inveja, ou seja o que for,destruir obras, vidas, memórias, e atacar as almas infantis como insentos daninhos. Não permitam isso autoridades responsáveis e competentes.
       O politicamento correto pode ser perigoso e hipócrita.Os olhos azuis, escuros, oblíquos dos japonezes pretos dos ´árabes, são todos da família humana., muito maior e mais importante do que suas divisões raciais.
            Que não comece  entre nós,banindo um livro infantil do mais brasileiro dos nossos escritoresNão combina com um dos lugares nesta conflitada e complicada Terra onde as etnias e culturas ainda convivem melhor, apesar dos probemas-drvidos em geral à desinformação e à imaturidade: O Brasil.

     Lya Luft




         

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