domingo, 11 de novembro de 2012

Luar do sertão

 



 
          Não há , ó gente, Oh!não, luar como este  do sertão.
          Oh! que saudade do luar da minha terra
          lá na serra,prateando as folhas secas pelo chão.
          Este luar cá da cidade,tão escuro,
          não tem aquela saudade do luar lá do sertão!

               Se a lua nasce por detrás da verde mata
               mais parece um sol de prata prateando a solidão.
               A gente pega na viola que ponteia
               e a canção é a lua cheia a nos nascer no coração,

    Coisa mais bela neste mundo não existe
   do que ouvir- se um galo triste no sertão,se faz luar.
   Parece até que a alma da lua que descansa
   escondeu-se na garganta desse galo a soluçar.

        A gente fria desta terra sem poesia
        não faz desta lua, nem se importa com o luar
        Enquanto a onça lá, na verde capindooeira
         leva uma hora inteira vendo a lua, a meditar!

  Ai, quem me dera que eu morresse lá na serra
  abraçando à minha terra e dormindo de uma vez!
  Ser enterrado numa cova pequenina
  onde à terra sururina chora a sua viuvez.

 







            

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