sábado, 3 de novembro de 2012

Soneto de contrição

                     

    Eu te amo,Maria, eu te amo tanto
    Que meu peito me dói como  em doença
    E quanto mais me seja a dor intença
    mas cresce na minha alma teu encanto

    Como a criança que vagueia o canto
    Ante o mistério da amplidão suspensa
    Meu coração é um vago de acalanto
    Berçando veros de saudade imensa.

    Não é maior o coração que a alma
    Nem melhor a presença que a saudade
    Só te amar é divino, e sentir calma...

    E é uma calma tão feita de humildade
    Que tão mais te soubesse prtencida
    Menos seria eterno em sua vida.


        (Vinícius de Morais)
   

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